GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, disse ontem ser contrário à adoção de mecanismos de preservação de empregos durante a crise vivida pelas montadoras, como querem os sindicatos de trabalhadores. “Quem garante emprego é o mercado”, declarou.
Na segunda-feira, a GM demitiu 744 funcionários contratados por tempo determinado na unidade de São José dos Campos (SP). Mas, segundo Pinheiro Neto, a montadora não planeja novos cortes.
O executivo disse ainda que as montadoras não estão “embolsando” o dinheiro da redução do IPI, uma das medidas do governo federal para estimular o setor automobilístico depois da crise internacional.
“O benefício fiscal que alegadamente as montadoras tiveram não foi embolsado pela indústria. O consumidor é que embolsa, 100% dele [da redução do IPI] é transferido. A GM não se apropria”, disse.
A crise financeira atingiu a indústria automobilística no último trimestre de 2008, depois que as linhas de crédito ao consumidor se retraíram, ficando mais difíceis e caras.