O consultor João Guilherme Vargas Neto, membro do Diap e atento observador das lutas trabalhistas nos últimos 40 anos, faz balanço otimista do ato unitário de oito Centrais Sindicais, terça (16), em SP e em outras regiões do País.
Em entrevista à Agência Sindical, ele destaca o que considera mais positivo: “Primeiro de tudo a unidade e o esforço concreto do movimento nesse sentido. O ato contou também com representações qualificadas, com grandes categorias profissionais, várias em campanha salarial ou na defesa do emprego – caso principalmente dos trabalhadores nas montadoras”.
A uniformidade dos discursos – em defesa do emprego e contra o corte de direitos – a seu ver, explicita não só a vontade unitária das direções, como expressa ações presentes nas categorias. “Os metalúrgicos de São Paulo, por exemplo, antes de ir à Avenida Paulista, fizeram 50 assembleias na base naquela manhã. O desejo de vencer a recessão e de impedir agressão a direitos fortalece as mobilizações”, avalia.
Vargas Neto ressalta a abrangência da manifestação do dia 16. “O próprio Jornal Nacional mencionou atos em 20 Capitais”, observa. Para o consultor, as tarefas do sindicalismo, agora, são “consolidar ainda mais a unidade, precisar os termos da resistência ante ataques, lutar contra os danos da recessão e fazer boas campanhas salariais”.
Greve – No ato do Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e Garantia de Direitos, na Paulista, vários oradores falaram em eventual greve geral. Para João Guilherme Vargas Neto, “greve geral é menos algo que se constrói e mais resposta a uma agressão forte e que venha a atingir muita gente”.
O site da Agência e o Repórter Sindical continuarão repercutindo os desdobramentos do Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e Garantia de Direitos, além de registrar outras ações sindicais em defesa dos direitos, do emprego e da Previdência.