Metalúrgicos repudiam declaração do presidente da CNI
É digna de repúdio por parte de toda a classe trabalhadora brasileira a postura do presidente da CNI, sr. Robson de Andrade, que sugeriu que o Brasil deveria voltar a adotar a jornada de 80 horas semanais e de 12 horas diárias para os trabalhadores, diminuir o rombo nas contas públicas por meio de “mudanças duras” na Previdência Social e nas leis trabalhistas, para diminuir custos, criar competitividade, ganhar eficiência.
Para o empresário, que integra um comitê de líderes denominado MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação), esta é a fórmula para que o Brasil tenha um futuro promissor.
Se já não temos emprego pra trabalhar 44h semanais, será que teremos para trabalhar 80h? Talvez sim, se voltarmos ao tempo da escravidão, com mão de obra farta e gratuita, porque o empresário da inovação sugeriu a ampliação da jornada, mas não disse como ficariam os salários, tampouco as condições de saúde dos trabalhadores, o tempo para o lazer, para o estudo etc.
Estamos vivendo um período econômico extremamente crítico, de pleno desemprego, com empresas sem produzir, fechando as portas, atrasando salários e outros direitos e nos deparamos com setores patronais, de mentalidade atrasada, ávidos por acabar não só com os direitos trabalhistas, como em colocar grilhões nos tornozelos dos trabalhadores. Lamentável!
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos)
É digna de repúdio por parte de toda a classe trabalhadora brasileira a postura do presidente da CNI, sr. Robson de Andrade, que sugeriu que o Brasil deveria voltar a adotar a jornada de 80 horas semanais e de 12 horas diárias para os trabalhadores, diminuir o rombo nas contas públicas por meio de “mudanças duras” na Previdência Social e nas leis trabalhistas, para diminuir custos, criar competitividade, ganhar eficiência.
Para o empresário, que integra um comitê de líderes denominado MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação), esta é a fórmula para que o Brasil tenha um futuro promissor.
Se já não temos emprego pra trabalhar 44h semanais, será que teremos para trabalhar 80h? Talvez sim, se voltarmos ao tempo da escravidão, com mão de obra farta e gratuita, porque o empresário da inovação sugeriu a ampliação da jornada, mas não disse como ficariam os salários, tampouco as condições de saúde dos trabalhadores, o tempo para o lazer, para o estudo etc.
Estamos vivendo um período econômico extremamente crítico, de pleno desemprego, com empresas sem produzir, fechando as portas, atrasando salários e outros direitos e nos deparamos com setores patronais, de mentalidade atrasada, ávidos por acabar não só com os direitos trabalhistas, como em colocar grilhões nos tornozelos dos trabalhadores. Lamentável!
Miguel Torres – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical