Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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CNTM e Federação de SP debatem crise econômica

Cláudio Omena

Clementino Vieira, da CNTM, e dirigentes da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP

Representantes dos 55 sindicatos filiados à Federação discutem a crise ecônomica.

Dirigentes da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo reuniram-se com representantes da CNTM – Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e do Dieese para discutir as conseqüências da crise econômica mundial. A questão em debate é: como esta crise americana, que se alastrou pelo mundo, reflete nos setores produtivos?

Segundo Airton Santos, do Dieese, “a quebra de grandes bancos americanos interferiu no mundo todo. Sendo o atual sistema capitalista vinculado aos bancos, isso refletiu diretamente atingindo os setores produtivos da economia. No Brasil, o primeiro reflexo se deu na concessão de créditos por parte dos bancos”. Agora a maior preocupação é mudar a expectativa para que os bancos voltem a emprestar como faziam antes.

Por outro lado, o Governo injeta dinheiro para que os setores privados retomem a confiança no mercado. Ontem, dia 24/11/08, o setor automobilístico recebeu 8 bilhões, porém muitas empresas ao invés de ampliarem os créditos fazem reservas com o dinheiro público comprando títulos do próprio governo.

Para Cláudio Magrão, presidente da Federação e Deputado Federal (PPS-SP), “estão fazendo um terrorismo no Brasil, pois as montadoras, por exemplo, ganharam muito dinheiro no último ano e agora pedem auxílio ao Governo. No entanto, todo dinheiro investido pelo Governo no setor automobilístico acaba não tendo retorno de crédito aos consumidores”.

Quanto às conseqüências na geração de empregos, Airton do Dieese ressalta que estamos num momento de aquecimento da economia, por isso, esse período não serve de parâmetro para analisarmos as reais conseqüências da crise. Os efeitos da crise ficarão mais evidentes a partir de janeiro de 2009.

Para se ter uma análise mais apurada é preciso que os Sindicatos informem à Federação sobre o que está acontecendo nas bases.

Campanha Salarial dos Metalúrgicos – A expectativa de crescimento do Brasil em 2009 é de 5%. “Creio que se a gente conseguir crescer 3%, temos que comemorar”, avalia Airton. O reajuste dos metalúrgicos conquistado na Campanha Salarial 2008 é considerável. “Essa conquista de aumento real de 3% foi muito importante, pois aquece a economia”, diz Airton.

Por Assessoria de Imprensa da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo – Ricardo Flaitt, Alemão (11) 7153.5984

foto Claudio Omena