“O mercado de trabalho brasileiro vem, seguidamente, sofrendo duros golpes. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho (MTE), nos últimos doze meses, fechados em agosto, 985,7 mil postos de trabalho com carteira assinada foram cortados no País.
Neste ranking negativo, a 1ª colocação ficou por conta da indústria de transformação, com 474,7 mil cortes. O 2º lugar ficou com a construção civil, com 385,2 mil demissões (apenas no mês de agosto foram encerradas 86,5 mil vagas formais). Os setores de Serviços e Comércio, que vinham mantendo saldo positivo de carteiras assinadas, também não resistiram e entraram no vermelho.
E o pior é que as perspectivas de melhora não são nada animadoras, uma vez que as demissões devem ter continuidade pelos próximos meses, segundo o próprio MTE, que acena com a possibilidade de as demissões ultrapassarem a casa de 1 milhão ainda neste ano.
O governo tem de agir, e rápido, para que o País não afunde de vez nesta crise que tanto vem penalizando a classe trabalhadora, e uma das principais medidas que o governo tem de tomar é rever urgentemente sua política econômica errada, de juros altos, inflação e crédito caro, e passe a priorizar a indústria nacional, a produção, o consumo e os empregos”.
Miguel Torres
presidente da CNTM e da Força Sindical