“Além da questão política, o País vai muito mal economicamente. A situação da indústria nacional é alarmante. De janeiro a maio de 2015, por exemplo, a produção industrial caiu 6,9% e levantamento do Caged mostra que 345 mil trabalhadores foram demitidos no mesmo período.
Há 20 anos a indústria brasileira gerava 27% das riquezas do Brasil, enquanto hoje não chega a 9%. A recessão atinge em cheio a economia. Motivos: o ajuste fiscal, aumento de impostos e taxa de juros nas alturas.
O cenário gera desindustrialização, desnacionalização e desemprego, o que tem tirado o sono dos dirigentes sindicais e dos trabalhadores. A crise sem precedentes na indústria nacional pode levar o país a regredir à condição de produtor de commodities (produtos agrícolas e minerais), e deixar de fabricar bens com alto valor agregado e tecnológico, que geram os melhores empregos.
A continuar o atual processo de definhamento industrial, em menos de cinco anos o Brasil estará entre os países menos industrializados do mundo. A redução do número de empregos tem sido constante na indústria.
Para exigir mudanças radicais na política econômica, decidimos realizar no dia 13, o ‘Grito em Defesa da Indústria e do Emprego’, com a participação das Centrais (Força Sindical, CGTB e UGT) e dos patrões, por meio da Abimaq (associação dos fabricantes de máquinas). Juntos, capital e trabalho, sairão em passeata, às 10 horas, do Paraíso até o vão livre do Masp, na Av. Paulista.
Vamos realizar uma grande campanha para salvar a indústria nacional e, consequentemente, gerar mais empregos. Sem indústria forte, não há país desenvolvido e nem empregos de qualidade.
Jutos pela indústria e pelo emprego!”
Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM