Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Palavra do Presidente

Ação sindical influi nos acordos

“Há alguns fatores que podem explicar o bom resultado das negociações do primeiro semestre deste ano num momento de conjuntura adversa, com queda da atividade econômica e  industrial. 

Dos 340 acordos e convenções coletivas na indústria, comércio e serviços, 93%  não só repuseram a inflação do período como conquistaram ganho real de salário.

É fato que influenciaram para o  bom desempenho das negociações a queda da inflação, que resultou em índices de reposição inflacionária menores do que os verificados em 2013.

Outro fator importante  foi a manutenção do desemprego em patamares baixos, cenário que normalmente encoraja os trabalhadores a deflagrarem greves e manifestações de protesto.

Não podemos descartar também o fato de que a deflagração de greves na limpeza urbana e no transporte coletivo, no início do ano, estimularam outras categorias a irem à luta.

Mas é inegável que a atuação dos sindicatos no processo de organização e mobilização dos trabalhadores jogou um papel fundamental para o sucesso das negociações entre capital e trabalho.

O trabalho sindical foi tão bem feito que os reajustes salariais do primeiro semestre de 2014 foram superiores às correções de salário verificadas no mesmo período do ano passado.

As previsões dão conta que os índices de ganho real detectados pelo Dieese de janeiro a junho foram ultrapassados nas campanhas salariais do segundo semestre.

É o período em que categorias como metalúrgicos, químicos, comerciários, gráficos e bancários, entre outras, historicamente fecham acordos melhores porque a atividade econômica sempre é maior no segundo semestre do ano. Claro, vai precisar de muita organização, mobilização e luta”.

Miguel Torres, presidente da CNTM e da Força Sindical