“A Força Sindical não aceita a forma cruel como o governo trata os trabalhadores no momento em que eles mais precisam, ou seja, quando estão desempregados. A violência vem sendo praticada pelo governo aos poucos e provocando grandes estragos.
Primeiro resolveu corrigir as parcelas do seguro abaixo do mínimo apenas pela inflação acabando com a correção igual para todas as faixas. O resultado foi a redução de R$ 31 na parcela do benefício.
Em segundo lugar, há 20 dias o governo dificultou as regras que dão direito ao seguro. Antes, o desempregado que pedisse o benefício pela terceira vez no período de dez anos precisava comprovar que estava fazendo um curso de qualificação. Agora, essa comprovação tem que ser feita, a partir do segundo pedido no mesmo período.
Ciente dos prejuízos que os desempregados estão sofrendo, a Força Sindical entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para que não haja nenhuma restrição para acesso do trabalhador ao seguro-desemprego.
Enquanto os trabalhadores estão sendo lesados, o BNDES empresta dinheiro do FAT (do trabalhador) para grandes grupos corporativos sem contrapartida. Estudo do Dieese mostra que o Tesouro usou R$ 100 bilhões do FAT para fazer superávit primário através da DRU, devolveu R$ 29 bilhões e ainda deve R$ 71 bilhões. O governo ainda vem desonerando a folha de pagamento sem contrapartida para acabar com a rotatividade.
Vamos às ruas porque não podemos assistir passivamente a retirada injusta de conquistas de tão grande alcance social”.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo