Dirigentes dos 53 Sindicatos de Metalúrgicos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical fizeram, nesta segunda-feira, 16 de setembro, a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial à Fiesp e aos grupos patronais 19-3 (laminação de metais 3e outros), G2 (máquinas e eletroeletrônicos), Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais e Sindicato da Indústria de Fundição.
À tarde, a pauta foi entregue ao Grupo 3 (autopeças).
O documento, com mais de 150 itens, tem como prioridades cláusulas econômicas (aumento real de salário e dos pisos, redução da jornada de trabalho) e sociais (licença-maternidade de 180 dias para as trabalhadoras dos 10 grupos patronais e creche).
A campanha tem como lema “Juntos na luta por aumento real e 40h”.
“Vamos tentar mostrar para o patronato a importância de garantir aumento salarial aos trabalhadores porque isso movimenta a economia”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM, Miguel Torres.
O presidente da Força Sindical, Paulinho, disse que esta negociação é uma das maiores do Brasil. “São cerca de 800 mil trabalhadores representados por 54 Sindicatos, e o Brasil fica esperando pelo resultado. Trazemos aqui a vontade de chegar a um bom termo”, afirmou.
Paulinho da Força disse que a melhor solução para o problema da crise financeira mundial é a concessão de aumento salarial.
“Na crise que começou em 2008, negociamos com o governo federal uma política de reajustes para o salário mínimo e os sSndicatos conquistaram aumentos salariais. Foi isso que segurou a economia até hoje. Os aumentos garantiram crescimento do Brasil, crescimento do emprego. Para o Brasil crescer precisa ter mais aumento de salário, porque quanto mais salário, mais o trabalhador compra, mais a indústria produz”, completou.
Claudio Magrão, presidente da Federação, disse que espera que as negociações resultem em bons salários para os trabalhadores. “Esperamos uma negociação rápida e que possamos progredir nos acordos”, disse.
Edmilson Domingues, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ribeirão Preto, disse que as reivindicações são de extrema importância para a família metalúrgica. “O aumento real contribui para a melhoria de qualidade de vida dos trabalhadores e as cláusulas sociais contribuem indiretamente para que a qualidade de vida seja mantida”, explica.
José Luiz Ribeiro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, explica que os metalúrgicos de Piracicaba negociam diretamente com o Simespi. “Mas fizemos questão de participar do ato em São Paulo para reforçar nossa unidade e nossa luta em busca de melhores salários, direitos sociais e qualidade de trabalho e de vida. A luta, na verdade é de todos!”, destacou.
A categoria reivindica aumento real de salário, valorização dos pisos, redução da jornada de trabalho. A data-base é 1º de novembro.
Paulo Segura
Miguel Torres explica desafios da Campanha Salarial
arte Vanderlei Tavares/Val Gomes
Cartaz oficial da Campanha