Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Volta Redonda/RJ (Sul Fluminense)

Milhares de Trabalhadores estão sendo beneficiados por processos do Sindmetal-SF na Justiça

Esta semana foi muito agitada nas sedes do Sindicato dos Metalúrgicos do  Sul Fluminense, após decisões judiciais que vem beneficiando milhares de  trabalhadores metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).    O primeiro deles é o da PLR de 1997 que está beneficiando, desta vez, 1.562  trabalhadores. O sindicato entrou na Justiça porque a CSN, desde que foi  privatizada, mudou duas vezes a forma de remuneração de seus trabalhadores  pela PLR. Inicialmente, eles recebiam 10% dos dividendos a serem  distribuídos aos acionistas – o que em 1997 significaria R$ 83 milhões para  serem distribuídos aos funcionários. Naquele ano, a empresa mudou a PLR  para 2,5% do EBTIDA, um dos itens levados em conta na avaliação dos  resultados da empresa.    A mudança que a CSN fez nas regras da PLR, tirando os 10% dos trabalhadores  e dividindo o lucro entre os acionistas, que faz parte da base de  sustentação dos processos, é ilegal. No total, são 1.200 ações da PLR, que  envolvem 12 mil trabalhadores e que estão distribuídas na Justiça do  Trabalho de Volta Redonda.    O outro processo é o do “Intervalo de Jornada”, que, só esta semana, já  criou uma demanda de atendimento de quase de 200 trabalhadores em busca de  informações sobre a tramitação individual de seu processo. Aproximadamente  500 trabalhadores já receberam a sentença favorável e, em breve, estarão  recebendo seus valores. Desses 500, aproximadamente 100 já receberam os  valores de direito.    O processo do “Intervalo de Jornada” é de 2007 e é consequência de um dos  principais compromissos assumidos pela gestão do atual presidente, Renato  Soares, que foi o restabelecimento do turno de 6 horas na CSN. O turno de 6  horas foi fruto de uma intensa luta travada por metalúrgicos em todo o  Brasil, inclusive como uma das reivindicações da greve de 1988, em Volta  Redonda. Depois de se tornar um direito constitucional (aprovado na  Constituição Federal de 1988), infelizmente, foi usurpado pela direção  anterior do sindicato, através de acordos com a direção da empresa, durante  14 anos. Enquanto o turno era de oito horas, os trabalhadores tinham  direito a uma hora de intervalo para a refeição e só tiravam trinta  minutos.    Por Fabiana Longo  Jornalista - Sindmetal-SF  (24) 9251 2490 / 8112 0455 / 9946 7717