Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Protestos reúnem 6 mil metalúrgicos em São Paulo e Mogi das Cruzes contra as perdas salariais

Jaélcio Santana

Miguel Torres

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes mobilizou na terça-feira, 14 de maio, cerca de 6 mil metalúrgicos em dois grandes protestos contra as perdas salariais causadas pela inflação.

O maior deles, na zona sul da capital, começou com um ato na Avenida Abraão Gonçalves Braga (em frente à ThyssenKrupp), na Vila Liviero, e reuniu cerca de 5 mil trabalhadores de várias fábricas da capital.

Depois, os manifestantes seguiram em passeata pela pista local da Via Anchieta e caminharam cerca de 2 km.

O segundo ato foi realizado em Mogi das Cruzes, em frente à Engesig, na Vila São Francisco, e reuniu cerca de mil trabalhadores de várias fábricas metalúrgicas da região.

Segundo o presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres, a manifestação é o pontapé inicial da campanha pela reposição das perdas neste momento de incertezas da economia e da política.

“A inflação está em 7,16% (INPC de maio de 2012 a abril deste ano). Para quem ganha até R$ 1.500,00, esse reflexo é de 20%. Haja vista a cesta básica, que em abril do ano passado consumia 48,4% do salário mínimo, e em abril deste ano passou a consumir 55,2%, e quem compra a cesta é quem ganha menos”, afirmou.

Segundo Miguel Torres, só tem um jeito de enfrentar esta situação: buscando a recuperação do poder de compra dos salários. “Não podemos deixar uma perda desta aumentar”, reforçou.

Ele criticou a falta de diálogo da presidente Dilma com os trabalhadores. “Desde o início do seu governo, ela fez 147 reuniões com o setor empresarial e apenas 9 com as centrais sindicais e movimentos sociais. Ela não esteve na reunião que o governo convocou para com as centrais sindicais, em Brasília. Ela pôs o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para receber as centrais”, disse.

Vale lembrar que no 1º de Maio o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, sugeriu reposição salarial toda a vez que a inflação atingir ou ultrapassar 3%.

“Este protesto é uma preparação para a assembleia geral que será realizada no próximo dia 25 de maio em frente à sede do Sindicato, na rua Galvão Bueno, para colocar esta proposta em votação para a categoria”, explica Miguel Torres.

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