Mais de 50 mil trabalhadores, de diferentes categorias, além de representantes de movimentos sociais, participaram nesta quarta-feira (6 de março), da 7ª Marcha da Classe Trabalhadora, em Brasília. A Força Sindical esteve presente com mais de 20 mil sindicalistas e trabalhadores, para levantar a bandeira “Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho”, tema da Marcha em 2013.
Entre as entidades presentes na delegação da Força Sindical RJ, estavam representantes do Sindicato dos Edifícios, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Tintas e Vernizes (São Gonçalo), Siderúrgicos, Aeroviários, Químicos (Nova Iguaçu), Federação dos Químicos, Metalúrgicos (Campos), Químicos (São Gonçalo), Metalúrgicos (Teresópolis), Cedae, Químicos (Magé), Metalúrgicos (Duas Barras), Sinpospetro, Metalúrgicos (Duque de Caxias), Senalba (Niterói) e Sindicato dos Propagandistas de São Gonçalo, além dos dirigentes da Força Rio, Francisco Dal Prá (presidente), Euzébio Luis Pinto Neto e Isaac Wallace de Oliveira (vice-presidentes), Carlos Alberto Pascoal Fidalgo (secretário de finanças), Marcelo Peres Gomes (secretário de Imprensa), José Carlos Moreira da Silva (secretário de Assuntos Previdenciários), Vilma de Araújo Costa e Cícero Valdevino da Costa (Conselho Fiscal), Maria Aparecida Evaristo (Secretaria de Relações Intersindicais) e José Ibiapina dos Santos (Secretaria de Política Metropolitana).
Liderados pelas centrais sindicais, os manifestantes concentraram-se em frente ao Estádio Mané Garrinha e seguiram, por volta das 10h, rumo à Esplanada dos Ministérios e ao Congresso Nacional. Em frente ao Palácio da Justiça e ao Itamarati, a Marcha parou para explicar as razões do movimento e divulgar a pauta trabalhista, que reivindica o fim do Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho (sem redução salarial), política de valorização dos aposentados, reforma agrária, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, 10% do PIB para a Educação, 10% do orçamento da União para a Saúde, correção da tabela do Imposto de Renda, ratificação da Convenção OIT/158, regulamentação da Convenção OIT/151, ampliação do investimento público, desenvolvimento econômico (com distribuição de renda, emprego, trabalho decente, manutenção e ampliação de direitos) e justiça social.
Na parte da tarde, os líderes sindicais cumpriram extensa agenda de articulação política, que incluiu reuniões em separado com o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o presidente da Câmara Federal, Henrique Alves e a presidente da República, Dilma Rousseff. A cada um deles foi entregue a pauta trabalhista.
“Muitas dessas reivindicações já estão em debate no Congresso como, por exemplo, a questão do fim das demissões imotivadas (Convenção 158 da OIT), o fim do Fator Previdenciário e a redução da jornada”, assinalou o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical Nacional. Para Paulinho, foi importante entregar a pauta ao STF para reforçar, junto ao Poder Judiciário, as reais necessidades da classe trabalhadora brasileira.
O presidente da Força Sindical do Rio de Janeiro, Francisco Dal Prá, ressaltou que a 7ª Marcha estava muito bonita, com grande e diversificada concentração de trabalhadores e suas lideranças, mas lamentou a falta de diálogo permanente entre trabalhadores e o poder constituído. “Infelizmente, a classe trabalhadora brasileira, que sustenta e constrói este país, ainda precisa fazer marchas como essa para ser ouvida pelos Poderes Legislativo e Executivo. Muitas das reivindicações que, mais uma vez, foram entregues, entra ano, sai ano, permanecem no Congresso Nacional, sem serem definitivamente apreciadas. Mas, se depender da mobilização e poder de luta dos trabalhadores, essa realidade vai mudar. Ora, se vai”, afirmou Dal Prá.
O Dia Internacional da Mulher (8 de março) também foi lembrado pelas centrais sindicais durante a 7ª Marcha. As companheiras presentes divulgaram suas reivindicações por igualdade de oportunidades, trabalho decente e pelo fim da violência contra as mulheres. Foi o início do Março Mulher, uma série de atividades que a Força Sindical e entidades filiadas farão em todo o País em defesa de interesses políticos, econômicos e sociais das trabalhadoras.
Confira a íntegra dos documentos entregues:
Agenda da Classe Trabalhadora
Carta das Centrais
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