Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Economia

Fiesp e centrais sindicais defendem que Banco Central continue a reduzir juros

Agência Brasil
Daniel Mello | de São Paulo

A Força Sindical e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) criticaram a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano. Elas consideraram que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) “perdeu uma oportunidade” de continuar diminuindo os juros e, com isso, segundo a Contraf, “forçar uma queda maior dos juros e dos spreads dos bancos, a fim de baratear o crédito e incentivar o emprego, o desenvolvimento e a distribuição de renda”.
 
A Força Sindical defendeu mais cortes na Selic como forma de estimular a economia. “É preciso agilidade e reduções eficazes dos juros para facilitar o crescimento da economia e diminuir a dívida pública, estimular a produção industrial, que se encontra estagnada, aumentar o consumo e gerar empregos de qualidade”, diz o comunicado assinado pelo presidente da central sindical, Paulo Pereira da Silva. 
 
A Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) também defendeu que o Banco Central continue a reduzir os juros para aumentar a competitividade da economia brasileira. “Acreditamos que novas quedas na Selic ocorrerão ao longo do ano, mas o governo precisa aumentar a competitividade da economia e destravar o investimento. A exemplo do que fez recentemente com a MP [Medida Provisória] 579, que trouxe a redução no preço de energia”, diz a nota assinada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
 
A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), ao contrário da Fiesp, defendeu a manutenção do patamar dos juros. “ A Fecomercio-SP considera essa ação razoável, uma vez que não há mais espaços para redução da taxa básica de juros enquanto a inflação permanecer acima 4,5% e o cenário internacional continuar incerto”, explicou a entidade que apontou ainda a dificuldade enfrentada pela autoridade monetária para conciliar crescimento econômico com controle a inflação.