Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Porto Alegre abre atos nacionais e conquista apoio de Tarso

Daiana Rodrigues

Paulinho, Cláudio Janta e Miguel Torres

Recepcionados pelo presidente Cláudio Janta, o presidente nacional da central, Paulinho Pereira, o vice, Miguel Torres, e o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, estiveram em Porto Alegre para os atos e a passeata.

No dia de seu aniversário, Porto Alegre ficou ainda mais colorida com o ato unificado das centrais sindicais, entidades empresariais e movimento estudantil no Grito de Alerta: em defesa do emprego e da indústria, na tarde desta segunda-feira, 26.

O presidente nacional da Força Sindical, o deputado federal Paulinho Pereira, participou do ato, assim como o vice-presidente da central, Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

“Este movimento integra um conjunto de mobilizações pelo emprego e a indústria no Brasil, que vão culminar em um grande ato em Brasília. Busca aumentar a pressão para que o Congresso acabe com a guerra dos portos e para que a presidente Dilma Rousseff defina com o Banco Central medidas para baixar mais os juros”, explicou Paulinho.

O líder nacional da central falou ainda dos empecilhos que vem impedindo o Brasil de conquistar um lugar consolidado na indústria de transformação, saindo da posição de mero exportador de commodities. “Queremos produzir para o consumo da população e para exportação artigos acabados, do calçado à máquinas, do plástico à borracha”, disse.

“Precisamos sim de medidas para proteger alguns setores, porque as empresas estão quebrando. Essa mobilização é para divulgar para a sociedade este cenário e aumentar o diálogo com o governo”, completou Paulinho, citando o déficit da balança comercial, que reflete na geração de empregos no Brasil.

Após a passeata que mobilizou 10 mil pessoas no trajeto entre o Largo Glênio Peres e a Praça da Matriz, as lideranças reunidas entregaram o documento de alerta à presidência da Assembleia Legislativa do RS, representada pela vice Zila Breitenbach, e ao governador Tarso Genro, que recebeu a comitiva de trabalhadores, empresários e estudantes.

O presidente da Força Sindical-RS, Cláudio Janta, fez uma avaliação positiva sobre o encontro com o governador Tarso Genro. O governo estadual distribuiu aos presentes um documento em que lista as ações de gestão em prol da indústria gaúcha. No dia 28 de março está previsto um grande ato do governo no lançamento de um política industrial para o Estado.

“O encontro com Tarso foi além de nossas expectativas”, destacou Janta, especialmente porque o governador Tarso Genro garantiu que entregará o documento Grito de Alerta pessoalmente à presidente Dilma Rousseff, quando a encontrar. “O governador deu garantias ainda de que vai mobilizar a bancada na ALRS para que realmente comece a resolver problemas de emprego e renda na indústria gaúcha”, disse Janta.

O líder sindical gaúcho destacou que o Rio Grande do Sul é muito voltado para o agronegócio. “Nós precisamos ter indústria que gera emprego e aumenta a renda”, disse. Integrou ainda o ato, com atuação nacional, o presidente da Abimaq, Luis Aubert Neto.

Miguel Torres ressalta: “O movimento exige redução dos juros e o fim das importações desenfreadas, que prejudicam a produção nacional e ameaçam os empregos. Vamos, agora, para outras regiões fortalecer a luta nacional contra a desindustrialização e em defesa do desenvolvimento”.

Galeria de fotos do ato em Porto Alegre

Site
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Documento
As centrais Força Sindical, UGT, CTB, CUT, CGTB e NCST, os Sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo e o do ABC, Fiesp, Abimaq (máquinas), Sindipeças, Abinee (eletroeletrônicos), Sinafer (ferro e metais), Simefre (matérias ferroviários) e Sinditextil/Abit divulgaram um documento chamado “Grito de Alerta”, com dados reais dos setores, mostrando os perigos da desindustrialização, e as reivindicações do movimento sindical.

Os setores mais atingidos pelos importados, sobretudo os da China, são autopeças, máquinas, eletroeletrônicos, vestuário e calçados. Nossa indústria está perdendo competitividade. Sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 27%, em 1985, para 16% em 2011.

Datas das manifestações

26 de março: Porto Alegre (RS)
Horário: 13h
Local: Largo Glênio Perez x Praça da Matriz

28 de março: Santa Catarina – Florianópolis
Horário: 15h
Local: Assembleia Legislativa
Endereço: Praça Tancredo Neves

03 de abril: Paraná – Curitiba
Horário: 14h
Local: em frente a Bosh
Endereço: Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 1800

04 de abril: São Paulo
Horário: 10h
Local: Estacionamento da Assembleia Legislativa
Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, 201

13 de abril: Manaus
Horário: 18h
Local: Arena Povos da Amazônia
Endereço: Distrito Industrial

10 de maio: Brasília

Os atos no Nordeste e em outros estados ainda serão agendados

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