Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Magna compra divisão automotiva da Thyssen

Empresa começou a produzir chassis para carros neste ano e, com a aquisição, prevê dobrar a receita e liderar mercado

07 de dezembro de 2011 | 3h 08

MARINA GAZZONI – O Estado de S.Paulo

A fabricante canadense de autopeças Magna anunciou ontem a compra da ThyssenKrupp Automotive, que produz e monta estruturas de chassi para carros. Com quatro fábricas no Brasil, a divisão de autopeças da Thyssen faturou US$ 247 milhões no ano fiscal encerrado em setembro de 2011. A aquisição será incorporada à Cosma Internacional, divisão de peças metálicas do grupo Magna. O valor do negócio não foi divulgado.

“A aquisição da Thyssen acelera a nossa estratégia de crescimento no Brasil. Com a compra, vamos ser líderes no mercado de chassi para carros”, disse o diretor-geral da Cosma Brasil, Pawel MacNicol.

A Cosma lançou seu primeiro produto no Brasil em setembro deste ano – a empresa vai fabricar os eixos traseiros e dianteiros do modelo Cobalt, da General Motors. A companhia possui uma fábrica em Jundiaí e outras duas em construção – em Camaçari (BA) e Santo Antônio da Patrulha (RS). Somando todas as suas divisões e as unidades que eram da ThyssenKrupp, o grupo Magna tem 12 fábricas no Brasil.

Com a compra da operação da ThyssenKrupp, a Cosma espera chegar ao fim de 2012 com o dobro do faturamento previsto inicialmente para o ano, segundo MacNicol. A empresa já tem contratos com Ford, General Motors e Volkswagen para fabricar componentes de cinco modelos novos em 2012.

A aquisição da Thyssen deve adicionar novos clientes ao portfólio da Cosma. A empresa é fornecedora da Ford, Fiat, Renault, Honda e Peugeot. “São empresas complementares pela base de clientes”, disse MacNicol. A Cosma não divulga sua expectativa de receita. No mundo, o grupo Magna tem faturamento anual de cerca de US$ 25 bilhões.

Incorporação. O processo de consolidação da aquisição não deve incluir demissões, de acordo com o diretor-geral da Cosma. “Nós somos uma empresa em fase de expansão. Então, a princípio, essa aquisição é uma soma”, diz MacNicol.

Ele admite, no entanto, que a empresa pode incorporar a operação da Thyssen em Camaçari à sua nova fábrica na cidade. “Não faz sentido que as duas unidades coexistam.” Os funcionários, porém, devem ser mantidos.