Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Governo Dilma detona juros e defende nossos empregos

Aos poucos, alguns setores do Brasil, especialmente os banqueiros, especuladores e os grandes magnatas da importação começam a sentir que a marca do governo Dilma é sempre a favor da nossa economia.

Apesar de a presidente ter avisado em campanha que governaria para a Nação brasileira e não para este ou aquele grupo, e tendo conseguido crédito e voto de grande parte da população, os megaempresários continuaram a apostar contra o Real e acreditando que o dólar iria ficar baratinho para sempre.

O raciocínio de parte deste empresariado era o seguinte: com dólar baixo e juros lá em cima, em vez de investir na produção e gerar empregos era mais vantajoso pegar dólar emprestado lá fora, engordar o capital aqui dentro, e quando fosse a hora de pagar o empréstimo ainda ia sobrar uma dinheirama.

Outro setor empresarial apostava na importação de tudo o que pudesse, principalmente carros zero. Que eram continuamente empurrados em nosso mercado interno, sem ter uma infraestrutura para manutenção e muito menos sem transferir tecnologia para o País. O resultado, a médio e longo prazos, seria o desmantelamento de nossa indústria de autopeças e a extinção de milhares de vagas na indústria automobilística.

Estavam transformando o mercado interno brasileiro em chácara de engorda de dólares e em local no qual descarregavam os carros que não conseguiam vender nos países de origem.

Mas aí chegou Dilma Rousseff. Depois de ter limpado a casa e substituído cinco ministros em nove meses de governo, a presidenta pressionou para que os juros fossem reduzidos de 12,5% ao ano para 12%, com tendência de abaixar mais ainda nos próximos meses. E aumentou o Imposto de Produtos Industrializados (IPI), de carros que são inteiramente fabricados lá fora, para 29%.

A gritaria começou. E de nada vai adiantar. A presidenta Dilma governa para a maioria do povo brasileiro, gente como nós, que não especula com dólar e muito menos tem dinheiro para gastar com carrões importados.

Agora,  é a hora de a gente fazer nossa parte. Estamos em plena Campanha Salarial e os empresários estão doidos para arrumar desculpas para não repor a inflação e nos garantir aumento real. Por isso, estamos em mobilização total. Para proteger nosso mercado interno e, principalmente, para conquistar aumento real em nossos salários. Que é a maneira honesta de transferir renda neste Brasil”.

Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá