Depois da manifestação realizada dia 6 em Brasília pela agenda sindical e política, as centrais sindicais darão continuidade aos atos no dia 21 de julho, nos Estados da Região Nordeste, com vistas a esquentar a mobilização pelas principais reivindicações dos trabalhadores.
A Força Sindical, a CTB, a CGTB, a UGT e a NCST vão promover os protestos em Salvador (Bahia), Maceió (Alagoas), Fortaleza (Ceará), João Pessoa (Paraíba)e Aracaju (Sergipe).
Entre outras bandeiras de lutas, o movimento sindical pleiteia a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem o corte nos salários, revogação do fator previdenciário, nova legislação para o serviço terceirizado, combate às práticas anti-sindicais, reforma agrária, regulamentação da convenção 158 e ratificação da Convenção 151 da OIT. “Estas são as principais reivindicações dos trabalhadores que unem as centrais. E não vamos abrir mão delas”, garante o secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna (foto).
Salários
Segundo ele, os trabalhadores também exigem a manutenção da lei que promove a recuperação do poder de compra do salário mínimo e a garantia de que os aumentos reais de salário, atualmente na alça de mira dos empresários, vão continuar. Ele citou entrevistas em que os patrões, com a ajuda da imprensa e de setores do governo, têm afirmado que são obrigados a ceder às pressões dos trabalhadores por reajustes salariais acima da inflação, o que pode elevar os preços e prejudicar a economia do país.
“Isto é uma afirmação falsa, pois o Dieese explica que o aumento da inflação hoje não está relacionado com o crescimento dos salários, pois os três principais componentes da demanda agregada — consumo das famílias, taxas de investimentos e gastos do governo — têm mantido um comportamento que não justifica a alta dos preços”, afirma Juruna.
Trabalho decente
Para a presidenta da Força-BA, Nair Goulart, o movimento sindical precisa organizar e mobilizar os trabalhadores para sensibilizar a sociedade a lutar pelo desenvolvimento sustentado e pela introdução do trabalho decente no Brasil. “ Temos que colocar o povo nas ruas, assim os trabalhadores irão conseguir mostrar o que querem”, afirma Nair, ao garantir que a Central fará uma grande manifestação dia 21 em Salvador, a partir das 9 horas. A passeata seguirá de Campo Grande à praça Castro Alves.
Na visão do presidente da Central-AL, Albegemar Costa, o Gima, a luta trabalhista precisa levar em conta outras reivindicações tão importantes como as demandas mais específicas dos empregados. “ A pauta sindical e política, aprovada na Conclat em 2010, exige também que o governo promova mudanças radicais na política econômica, reduza os juros e destine 10% do PIB para a educação”, lembra ele.
Pressão
“Não vamos abrir mão destas bandeiras e por elas vamos deflagrar grandes manifestações”, promete o dirigente máximo da Força Sindical-Ceará, Raimundo Nonato Gomes (foto). “Para os patrões e o Congresso Nacional aceitarem nossas reivindicações, só com muita mobilização e grandes lutas”, completa o presidente da Força-PB, José Porcino Sobrinho. As manifestações continuam dia 28 de julho nos Estados da Região Sul e dia 3 de agosto na Região Sudeste, com uma grande ato na capital de São Paulo.
Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
Força Mail
Redação: Antônio Diniz
A luta é de todos os trabalhadores
“É importante que os dirigentes sindicais organizem e mobilizem os trabalhadores para deflagrar amplas manifestações de massa, pois a participação popular é que vai determinar o sucesso ou não da luta por mais direitos para os assalariados”, diz Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
“Lutamos por redução da jornada, sem redução salarial, fim do fator previdenciário, nova legislação para o serviço terceirizado, redução dos juros, ratificação da Convenção 158 e regulamentação da Convenção 151, da OIT, emprego e defesa da indústria nacional”, diz Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.