Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Centrais protestam na Paulista contra os juros altos

As centrais sindicais Força Sindical, CGBT, CTB, NCST e UGT fizeram nesta quarta-feira, 20 de abril, uma manifestação em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o aumento da taxa básica de juros, a Selic.

“É o primeiro de uma série de protestos que iremos fazer contra a política de juros altos que prejudica a produção, estrangula o consumo e impede a geração de novos postos de trabalho”, disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.

Para Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, o ato conjunto das centrais fortalece a luta pela retomada do crescimento econômico. “Esperamos que o governo não feche os olhos para as reivindicações da classe trabalhadora e do setor produtivo. Somos contra os juros altos, pois queremos continuar nos trilhos do desenvolvimento do Brasil, com produção, distribuição de renda, geração de emprego e justiça social”, afirma Miguel Torres.

Os manifestantes fizeram um churrasco de sardinha no local, simbolizando que, enquanto o Copom privilegia os tubarões da especulação, o movimento sindical assa sardinhas para lembrar a situação do povo brasileiro.

Por Val Gomes
Redação CNTM
www.cntm.org.br

Decisão desastrosa

Esta decisão desastrosa do governo caminha na contramão do desenvolvimento econômico com distribuição de renda.  O governo, mais uma vez, atende os interesses do capital especulativo, com uma clara demonstração de que o espírito conservador continua orientando a política monetária.

Manter a taxa de juros nas alturas, como a via para diminuir a atividade econômica e combater a inflação é insistir na orientação que, num passado não muito distante, levou o país a um largo período de crescimento econômico pífio e desemprego.

Os trabalhadores não podem mais ser penalizados com o crescente aumento da taxa de juros. Estamos cansados desta disposição do Copom em punir freneticamente o setor produtivo e abençoar o especulativo.

O impacto desta decisão recai prioritariamente no setor produtivo, afetando negativamente a atividade e o emprego”

Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical
www.fsindical.org.br

Adriano Lima/Foto Arena/AE

Documento:
Reduzir os juros para garantir os investimentos e gerar empregos

“As centrais sindicais brasileiras vêm a público denunciar que a escalada de juros no Brasil é um golpe contra o nosso crescimento econômico, desestimula os investimentos, dizima o emprego e é uma ameaça às conquistas dos trabalhadores alcançadas durante o governo Lula.

Essa escalada já jogou os juros a 11,75% ao ano. Descontada a inflação, 5,45% reais, as maiores do mundo, enquanto os juros nos EUA e na Europa são negativos.  A situação está provocando a invasão de dólares e valorização artificial do real, que drenam para o estrangeiro rios de dinheiro. É o paraíso para os especuladores.

A invasão de dólares, provocada pelos juros siderais, está desnacionalizando a níveis insuportáveis a nossa economia. As megaempresas estrangeiras devolvem os dólares turbinados internamente para suas matrizes, através da remessa de lucros – só no ano passado foram 80 bilhões de dólares – e das importações subsidiadas com nossos recursos.

Neste sentido, unificadas pelas Resoluções da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em junho de 2010 e entregue à então candidata Dilma Rousseff, as Centrais postulam a imediata redução dos juros, o fortalecimento do Estado como promotor do desenvolvimento, a ampliação dos investimentos sociais e o financiamento público para as pequenas e médias empresas.

A ameaça inflacionária vem de fora, da especulação com as commodities. Escancarar a nossa economia com juros altos é dar tiro no pé. O que resolve é o fortalecimento da produção nacional e do mercado interno”.

Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical

Antonio Neto
Presidente da CGTB

Wagner Gomes
Presidente da CTB

José Calixto
Presidente da NCST

Ricardo Patah
Presidente da UGT

Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
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