Após quatro dias de greve, os cerca de 350 trabalhadores da fabricante de parafusos para autos Acument, na zona oeste da capital, decidiram voltar ao trabalho na manhã desta segunda-feira (18 de abril), por terem suas reivindicações atendidas.
A proposta de acordo da empresa foi negociada com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e a comissão de fábrica, e submetida à assembleia na manhã de hoje.
O acordo aprovado garante:
- Manutenção da jornada de 40h semanais, sem redução de salário.
- PLR no valor de R$ 3.000,00, sem metas, com pagamento em duas parcelas, a primeira no dia 25 de abril e, a segunda, no dia 25 de outubro próximo.
- Manutenção da cesta básica, convênio médico, transporte, restaurante, cooperativa de crédito dos funcionários.
- A empresa assumirá metade dos dias parados e a outra metade será compensada pelos trabalhadores.
- Estabilidade da comissão de fábrica, de acordo com o estatuto da comissão. O estatuto já está em vigor há quatro anos, sendo assim, os membros da comissão têm estabilidade por mais dois anos.
- Formação da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) na nova unidade em Atibaia, em 60 dias. Além de trabalhar na prevenção de acidentes, a nova Cipa vai atuar como comissão de fábrica até a comissão ser instituída oficialmente na nova unidade.
- Cumprimento do PDV (Plano de Demissão Voluntária) com garantia de pagamento de todos os direitos para quem quiser se desligar da empresa, que está se mudando para Atibaia.
Para o coordenador do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo José Porfírio, que acompanhou toda a mobilização, “a greve foi um sucesso”, graças à mobilização dos trabalhadores. “O pessoal foi ponta firme, é de linha, de briga, determinado, segurou o rojão”.
Motivos da paralisação: A greve começou porque a Acument, que está mudando suas instalações para Atibaia, queria ampliar a jornada de trabalho, que hoje é de 40h, para 44h, e não abriu negociação sobre a PLR de 2011.
Participação e apoios – A assembleia contou com o apoio de Arakém (secretário-geral do Sindicato), Elza Costa Pereira (diretora de finanças), Pereira e Tadeu (vices-presidentes), Lourival, Valdir Pereira, diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, e também do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Bragança Paulista, José Luiz Machado, do vice-presidente, Brajão, e do advogado daquele sindicato, dr. Leandro. Estes três últimos participaram da negociação para o acordo que pôs fim á greve.
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