A diretoria plena do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba/PR se reuniu hoje pela manhã, no Metal Clube de Campo, para discutir a estratégia para as lutas de Participação nos Lucros e Resultados. A partir de agora o objetivo dos diretores é intensificar a mobilização dos trabalhadores na maioria das empresas.
Várias assembleias já estão confirmadas para acontecer na semana que vem. Além da PLR, também será aumentada a pressão por outras reivindicações como as definidas no Planejamento Estratégico do SMC 2011. O presidente do SMC, Sérgio Butka, lembrou que os acordos de PLR só serão bem sucedidos se contarem com o apoio maciço dos trabalhadores: “Só conseguiremos avançar se o trabalhador estiver mobilizado. Temos que aproveitar o bom momento pelo qual passa a economia e a produção brasileira.”, disse Sérgio.
Outro tema que dominou a reunião foi se a tragédia no Japão irá afetar de algum modo os metalúrgicos brasileiros já que algumas empresas do setor no Brasil já estão começando a ficar sem peças, que só são produzidas naqueles país. Foi lançada a idéia de que é hora de reivindicar a nacionalização da produção dessas peças.
Os diretores também repercutiram o discurso que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, deu semana passado durante o evento de comemoração pelos vinte anos da Força Sindical, em São Paulo. Maia disse que pretende colocar, até o fim do seu mandato como presidente da Câmara, as propostas da redução da jornada de trabalho e do fim do fator previdenciário, bandeiras pelo qual o movimento sindical já luta a alguns anos, em votação no plenário. Assim, os diretores definiram que é hora de intensificar ainda mais a pressão em cima dos deputados, para que o quanto antes essas propostas sejam aprovadas.
Sociólogo destaca os avanços salariais dos metalúrgicos
95% das negociações dos metalúrgicos em 2010 tiveram aumentos reais, superando a inflação. A boa noticia foi dada pelo sociólogo João Guilherme Vargas Neto, que participou da reunião da diretoria plena. O sociólogo também apontou que 8,5% das 71 negociações do ramo tiveram aumento real entre 4,01% e 5%; e 21,1% da categoria obtiveram entre 3,01% e 4% de aumento real em suas negociações. “um dado impressionante não somente a nivel de Brasil, mas a nível mundial”, apontou João.
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