Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Sindicatos argentinos querem reajuste de 35%


BUENOS AIRES – Os sindicalistas aliados e opositores ao governo de Cristina Kirchner deram sinais de que, no ano eleitoral, a briga pelos salários vai começar mais cedo. As quatro principais centrais sindicais lançaram suas propostas para iniciar as negociações de reajustes que variam de 20% a 35% Esses percentuais acenderam o alarme das câmaras empresariais e da própria administração federal.

Afinal, foi o principal aliado da Casa Rosada, Hugo Moyano, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), que deu o pontapé inicial das discussões. A antecipação do debate pode disparar as expectativas inflacionárias que já são bastante elevadas para 2011: entre 30% a 35%.

A presidente queria esperar até meados de fevereiro para colocar o assunto na agenda do dia e chegou a fazer acordo nesse sentido com o líder da CGT, segundo fontes do governo. Mas o pedido de prudência da presidente foi ignorado, apenas um dia após a reunião com Cristina.

O sindicalista disse que os incrementos salariais deste ano devem ser a partir de 20%. No fim de semana, Moyano tentou recuar dizendo que a imprensa publicou suas declarações “fora de contexto”.

O principal adversário dele na CGT, Luis Barrionuevo, que lidera uma ala Celeste e Blanca, opositora da Casa Rosada, afirmou que a correção não pode ser menor que 35%. Barrionuevo é líder dos empregados do setor de gastronomia, que conseguiram, em 2010, correção salarial pelo porcentual sugerido para este ano.

Um dos líderes da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), Hugo Yasky, também próximo à Casa Rosada, disse que o aumento mínimo tem que ser de 25%. Yasky representa, entre outros, os sindicatos de professores de Buenos Aires e várias províncias.

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