Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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CNI eleva previsão de crescimento da economia em 2010 de 6% para 7,2%


Segundo entidade, estimativa para alta do PIB industrial também foi alterada e passou de 8% para 12,3%

Fabio Graner, da Agência Estado 

BRASÍLIA – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010 de 6% para 7,2%. De acordo com o Informe Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira, 1º, a previsão da entidade para a alta do PIB industrial passou de 8% para 12,3%. A CNI também elevou de 18% para 24,5% a estimativa de crescimento dos investimentos (formação bruta da capital fixo) no País.

Para a taxa de desemprego, a entidade estima que o nível médio do ano será de 7%, ante 7,2% na projeção anterior, feita em maio. A CNI manteve sua estimativa de alta de 5,4% para o IPCA deste ano, mas elevou de 11% para 11,5% a expectativa para a taxa básica de juros, Selic, no fim de 2010. Dessa forma, a taxa real média de juros prevista para este ano subiu de 4,6% para 4,8%. A taxa média nominal de juros projetada para 2010 passou de 10,01% para 10,22%. A CNI também aumentou de 6,2% para 7,3% a estimativa para o crescimento do consumo das famílias neste ano.

A CNI elevou ainda de 2,35% do PIB para 2,60% do PIB a estimativa de superávit primário do setor público neste ano e reduziu de 3,20% para 2,95% a previsão de déficit nominal, para o mesmo período. Com isso, a estimativa para a dívida pública líquida passou de 42% do PIB para 40,9% do PIB de 2010.

Para a taxa de câmbio, a expectativa é que em dezembro o dólar esteja cotado, em média, a R$ 1,79, ante R$ 1,77 na projeção anterior. Já para a taxa média do ano, a projeção de câmbio passou de R$ 1,78 para R$ 1,81. Nas contas externas, a CNI prevê um maior déficit em conta corrente (US$ 54 bilhões ante US$ 50 bilhões na projeção anterior), mas manteve a estimativa de superávit comercial em US$ 10 bilhões. Mas esse saldo positivo na balança é composto de maiores exportações e importações. Para as vendas ao exterior, a entidade elevou a previsão de US$ 185 bilhões para US$ 190 bilhões, enquanto as compras de produtos importados passou de US$ 175 bilhões para US$ 180 bilhões.

As projeções da CNI foram elaboradas antes do anúncio da produção industrial, feito nesta quinta pelo IBGE, que mostrou estabilidade (variação zero) na atividade do setor em maio ante abril.