Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos de SP entregam pauta das 40h à FIESP



Os metalúrgicos do Estado de São Paulo entregaram nesta sexta-feira,
dia 12 de março, à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), uma pauta reivindicando a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários.

O ato de entrega do documento, às 10h30, na Avenida Paulista, 1.313, contou com a participação de trabalhadores metalúrgicos e dirigentes dos 53 sindicatos de metalúrgicos da Força Sindical no Estado, ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado, além de dirigentes da Força Sindical Estadual.

“Enquanto o Congresso Nacional não vota a PEC 231/95 (redução da jornada), estamos mobilizando os trabalhadores e buscando a negociação direta com os sindicatos patronais e as fábricas. A empresa que se recusar a negociar poderá ser paralisada”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical.

O Sindicato, só este ano, já fechou mais de 20 acordos de redução da jornada para cerca de seis mil trabalhadores. Alguns acordos estabelecem a redução gradativa da jornada, enquanto outros já garantem as 40h semanais.

Iugo Koyama

Pereira de Guarulhos, Miguel Torres, Magrão, Paulinho e Tadeu Morais, na entrega da pauta das 40h à FIESP

“Os sindicatos filiados à Federação vão continuar com as negociações diretas com os patrões e realizar novas mobilizações nas fábricas para ampliar o apoio da categoria à redução da jornada”, afirma Cláudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, declarou que os empresários não querem a redução constitucional da jornada de trabalho, pois preferem a negociação direta. “Viemos, então, trazer uma pauta das 40 horas para negociar aqui na Fiesp. Esperamos que os empresários paulistas negociem. Do contrário, a pressão nas fábricas vai aumentar”, afirmou Paulinho.

Miguel Torres também salientou: “o Estado de São Paulo tem uma economia de primeiro mundo. Portanto, a jornada de trabalho também tem de ser de primeiro mundo, para que haja distribuição de renda, emprego para todos, mais segurança e saúde nos ambientes de trabalho e qualidade de vida para a classe trabalhadora”.

Por Assessorias de Imprensa da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
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