Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos da Grande Curitiba/PR

EM GREVE HÁ 10 DIAS, METALÚRGICOS DA RENAULT \ HORSE DÃO 72 HORAS PARA EMPRESA VOLTAR A NEGOCIAR MAIS SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E MELHORIA DA PLR E DATA BASE

Com o prazo, próxima assembleia dos trabalhadores está marcada para a próxima terça-feira, dia 21 de maio

Reunidos em assembleia, na tarde desta quinta-feira (16), os metalúrgicos da Renault e da Horse, que completaram 10 dias de greve hoje, aprovaram a proposta de dar prazo de 72 horas para as empresas voltarem a negociar mais segurança no local de trabalho e melhoria da proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e Data Base. Com o prazo, a próxima assembleia dos trabalhadores ficou definida para acontecer na próxima terça-feira, dia 21 de maio.

Conforme acordado na audiência de mediação que aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho (TRT\PR), na tarde de ontem 15), o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba voltou a colocar em votação a proposta da empresa para a PLR 2024: R$ 25 mil com volume de produção de 201 mil carros, sendo a primeira parcela no valor de R$ 18 mil. Os trabalhadores voltaram a rejeitar a proposta, a exemplo da assembleia do dia 7 de maio, quando a mesma proposta foi colocada em votação e foi reprovada pelos empregados, dando início à greve.

MAIS SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO
Uma das principais reivindicações dos trabalhadores é por mais segurança na linha de produção. O ritmo intenso na linha de produção e a falta de funcionários tem colocado a segurança e a saúde dos trabalhadores em risco. Uma evidência desse fato é o índice de engajamento do trabalhador na linha de produção que está em 95%, ou seja, dentro do processo de trabalho, o trabalhador tem apenas 5% de tempo para dar “uma respirada” ou ir ao banheiro. O SMC cobra que empresa baixe esse índice para 85% ou menos.

Outro fator se refere ao trabalhador absenteísta, que faz o revezamento na linha de produção com trabalhadores que precisam ir ao banheiro, por exemplo. Devido a falta do absenteístas, há relatos de trabalhadores que tiveram de esperar até 40 minutos para utilizarem o banheiro. Também faltam trabalhadores para cobrir metalúrgicos que folgam ou se ausentam do trabalho. Essa situação acaba sobrecarregando os demais empregados. O SMC propõe a contratação de, pelo menos, um trabalhador absenteísta por linha de produção e setor, para auxiliar no revezamento e baixar a sobrecarga de trabalho.

“A luta não é apenas pela questão financeira. Precisamos de um ambiente de trabalho saudável para o trabalhador poder desempenhar bem sua função com segurança. Hoje, na Renault e na Horse, o trabalhador está enfrentando um ritmo de trabalho intenso que coloca em risco sua saúde. É preciso mudar essa situação. Não adianta o trabalhador ganhar um real a mais de PLR colocando em risco sua segurança na linha de produção”, enfatiza o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Veja a fala do presidente do SMC, Sérgio Butka, após a assembleia
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