Mais de 60 mil trabalhadores, de diferentes categorias, além de representantes de movimentos sociais, participaram nesta quarta-feira, 6 de março, da 7ª Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília.
Liderados pelas centrais sindicais, os manifestantes concentraram-se em frente ao Estádio Mané Garrinha e seguiram, por volta das 10h, rumo à Esplanada dos Ministérios e ao Congresso Nacional.
Em frente ao Palácio da Justiça e ao Itamarati foram realizados atos políticos para explicar as razões do movimento e divulgar a pauta trabalhista para a sociedade.
A Marcha, com o seguinte tema “Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho”, reivindicou: fim do Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho (sem redução salarial), política de valorização dos aposentados, reforma agrária, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, 10% do PIB para a Educação, 10% do orçamento da união para a Saúde, correção da tabela do imposto de renda, ratificação da convenção OIT/158, regulamentação da convenção OIT/151, ampliação do investimento público, desenvolvimento econômico ( com distribuição de renda, emprego, trabalho decente, manutenção e ampliação de direitos) e justiça social.
Dirigentes da Marcha entregam
pauta a líderes políticos
A segunda etapa da 7ª Marcha foi de articulação política. Os líderes sindicais se reuniram com o presidente do Senado Renan Calheiros, o presidente do STF Joaquim Barbosa, o presidente da Câmara Federal Henrique Alves e a presidenta da República Dilma Rousseff (reunião agendada para as 17h).
“Muitas reivindicações da pauta trabalhista já estão em debate no Congresso como, por exemplo, a questão do fim das demissões imotivadas (convenção 158 da OIT), o fim do Fator Previdenciário e a redução da jornada”, diz Paulinho, presidente da Força Sindical.
Para ele, foi importante entregar a pauta ao STF para reforçar no poder judiciário as reais necessidades da classe trabalhadora brasileira. O presidente da Força aproveitou o grande evento para informar que os portuários farão uma greve de 24 horas no próximo dia 19 de março, para pressionar o governo federal a negociar com a categoria mudanças na Medida Provisória 595 (MP dos Portos).
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, CNTM e vice da Força Sindical, ressaltou a importância desta Marcha coordenada de forma unitária pelas centrais sindicais, com apoio das confederações, federações e sindicatos de todo o País. “Esta manifestação histórica representa a retomada de uma série de outras manifestações que os trabalhadores e os dirigentes sindicais farão em defesa da Agenda da Classe Trabalhadora”.
O Dia Internacional da Mulher (8 de Março) também foi lembrado pelas centrais sindicais durante a 7ª Marcha. As companheiras presentes aproveitaram para divulgar suas reivindicações por igualdade de oportunidade, trabalho decente e pelo fim da violência contra as mulheres. Foi o início do Março Mulher, uma série de atividades que a Força Sindical e entidades filiadas farão em todo o País em defesa de interesses políticos, econômicos e sociais das trabalhadoras.
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Por Val Gomes (Redação CNTM), com informações de Débora Gonçalves (Imprensa Metalúrgicos de São Paulo) e cobertura fotográfica de Jaélcio Santana e Paulo Segura.