Em reunião nacional nesta segunda, 24 de agosto de 2020, dirigentes metalúrgicos de sindicatos de vários estados, federações e confederações, que integram o movimento Brasil Metalúrgico, debateram por videoconferência as campanhas salariais deste segundo semestre e a necessidade da unidade nacional na luta da categoria por direitos, saúde, emprego e renda.
Campanhas salariais:
* estreitar as relações entre os sindicatos em cada estado, para buscar o máximo possível de unidade nos encaminhamentos e na luta das campanhas salariais. O estado de São Paulo já tirou uma declaração conjunta. É preciso que os outros estados caminhem no mesmo sentido e que sejam tomadas todas as iniciativas que reforcem a unidade na luta.
* levar aos trabalhadores, em meio à mobilização das campanhas salariais, a discussão sobre a unidade na luta que vem sendo construída no âmbito do Brasil Metalúrgico, para fortalecer a mobilização dos trabalhadores em defesa de seus Acordos e Convenções Coletivas, na defesa do emprego e dos direitos que vem sendo atacados pelo governo.
* unificar as datas base nos estados e alcançar nosso objetivo de uma única data base em todo o Paí para a categoria metalúrgica.
Unidade nacional e luta contra o desemprego
Construir a unidade nacional na luta da categoria, sem descuidar da organização e do fortalecimento da luta na base, com os seguintes encaminhamentos:
* iniciar a luta pelo Contrato Coletivo Nacional, com três ou quatro pontos que sejam comuns a toda a categoria nacionalmente. Uma Comissão foi criada para levantar o que há de material sobre isso e sistematizar uma proposta que estruture o que seria este contrato.
Esta Comissão, que pode ser ampliada com a participação de outros dirigentes metalúrgicos interessados no tema Contrato Coletivo Nacional, preparará uma proposta de campanha contra o desemprego, considerando que esta questão tende a se agravar e transcender as próprias campanhas salariais.
* fazer levantamento das questões pendentes no Supremo Tribunal Federal (STF), que sejam do interesse dos trabalhadores, para suscitar iniciativas ou uma campanha do movimento sindical de pressão sobre o próprio STF, em defesa dos pontos de vista dos trabalhadores. De imediato, o que se sabe é que está em curso no STF discussões sobre a correção do FGTS, sobre o critério para correção das dívidas trabalhistas, sobre a vigência da Convenção 158 da OIT (proibição da demissão imotivada) e também a decisão sobre contribuição sindical.
Apoio a todas as lutas dos trabalhadores
A reunião também discutiu a importância do apoio e da solidariedade de todos a quem está lutando. Os companheiros do Sindicato da Grande Curitiba, presentes, agradeceram o apoio recebido na greve da Renault.
A reunião aprovou também:
– uma nota de solidariedade à greve dos trabalhadores nos Correios.
– uma nota de apoio à luta dos trabalhadores da Usiminas, representados pelos Sindicatos da Baixada Santista/SP e de Ipatinga/MG, contra as demissões anunciadas e realizadas pela empresa, estensiva à luta do Sindicato do ABC em defesa dos trabalhadores da Volkswagen.
Próxima reunião do Brasil Metalúrgico:
14 de setembro, segunda-feira, às 9h