Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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4.108 são demitidos em vários setores com crise

BANCOS, CONSTRUTORAS, MONTADORAS, AUTOPEÇAS, FUNDIÇÕES, INDÚSTRIAS DE MÁQUINAS E ELETROELETRÔNICOS E INDÚSTRIAS QUÍMICAS CORTAM VAGAS

Desde o início de novembro até o dia 1º de dezembro, foram registradas pelos sindicatos pelo menos 4.018 demissões de trabalhadores, entre efetivos e temporários. Diversos setores anunciaram a redução nos funcionários.

Na unidade de Taubaté da LG, foram demitidos 500 funcionários. Além disso, 2.200 trabalhadores da mesma fábrica entrarão em férias coletivas durante um período não informado pela empresa.

Outro exemplo são os pequenos bancos. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, foram registradas 110 demissões nesse setor em novembro de 2007, contra 291 demitidos em 2008. Na semana passada, 180 trabalhadores ligados a áreas de crédito também foram demitidos. “Há reflexos da crise, mas nada de anormal”, é o que afirma o Banco Safra por meio de assessoria. A instituição confirmou que houve 100 demissões na semana passada. Nos outros bancos foram cortados 60 empregados do setor de crédito para financiamento de automóveis do HSBC e 20 do Banco Real.

Na construção civil foram registradas ontem 80 demissões, pelo Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo).

Entre os químicos, foram 300 demissões na indústria de Plásticos Mueller, fornecedora de peças de plástico para montadoras. Houve, de acordo com o sindicato da categoria, 300 demissões no setor.

A empresa afirmou que diante do agravamento da crise, foi forçada a adequar o seu quadro de funcionários de sua unidade paulista, que emprega 750 trabalhadores.

Entre os metalúrgicos, a Graúna, fornecedora da Embraer, demitiu ontem 47 funcionários, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A Volvo também anunciou anteontem a demissão de 430 funcionários da sua fábrica de caminhões em Curitiba (PR). Desde novembro, mais de 1.100 trabalhadores ligados ao Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas foram demitidos.

As outras empresas citadas na reportagem foram procuradas mas não responderam à reportagem.

(Bruno Saia)