Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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3.600 metalúrgicos de SP aceitam reduzir salário


 

TRABALHADORES DE DUAS EMPRESAS TOPAM REDUÇÃO DE ATÉ 17,5% E JORNADA MENOR. SINDICATO DO ABC TAMBÉM FEZ ACORDO

Metalúrgicos de mais duas empresas na capital fecharam ontem acordo que vai reduzir a jornada de trabalho e o salário. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, filiado à Força Sindical, os 2.000 trabalhadores da MWM, que fabrica motores a diesel, na zona sul, trabalharão um dia a menos na semana e terão salários 17,5% mais baixos por 90 dias, a partir de domingo. Eles terão estabilidade no emprego por mais 45 dias.

A empresa confirmou.

Os cerca de 1.600 trabalhadores da fábrica de autopeças Sabó, na zona oeste, também aceitaram acordo de redução de um dia de trabalho e de 12% nos salários. A medida valerá por até 90 dias, a partir do dia 2, e a estabilidade será proporcional a esse período.

Para garantir a manutenção dos empregos, 721 metalúrgicos de São Bernardo do Campo (ABC) aceitaram acordo que prevê redução de 14% nos salários, equivalente a um dia de trabalho por semana.

Os funcionários das empresas de autopeças Fiamm (com 168 funcionários), Sogef (com 286) e Proxyon Tecnoperfil Taurus (com 267) trabalharão, em vez de cinco, quatro dias por semana. Por conta disso, terão o desconto no salário.

Porém, para compensar, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT (Central Única de Trabalhadores), todos os trabalhadores receberão vale-compras por três ou quatro meses, além de estabilidade no emprego por 90 dias (até março).

Os funcionários da Fiamm receberão quatro vale-compras no valor de R$ 150, e os das outras, três de R$ 200. Esses acordos foram feitos há cerca de duas semanas.

As empresas não foram localizadas para confirmar.

A direção do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba acusou ontem a Bosch de promover “assédio moral” sobre funcionários para aceitar redução de salário e jornada. A empresa nega. (AC e FSP)