Foto de Eduardo Metroviche
A série de assembleias de mobilização da Campanha Salarial dos metalúrgicos envolveu cerca de 3.500 metalúrgicos na manhã desta terça-feira, 26, em fábricas situadas em Taboão da Serra, Itapecerica da Serra e em Embu das Artes, na Grande São Paulo. Os trabalhadores reafirmaram o que tem sido dito nas assembléias e seminários realizados ao longo do último mês pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região: se não houver proposta satisfatória, a disposição é de entrar em greve.
As assembleias envolveram trabalhadores de empresas como: Jan Lips, Cinpal, T&C, Dinatécnica, Spaal, Palmar, Bombas Esco, Amelco, Multiforja, entre outras. Em todas elas, os trabalhadores demonstraram disposição de seguir o exemplo de outros metalúrgicos do Estado de São Paulo, que pararam para cobrar reajuste salarial e ampliação de direitos. “A categoria tem respondido com mobilização e participação nas atividades que o Sindicato tem organizado para pressionar os grupos patronais”, avalia o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.
Os trabalhadores não aceitam justificativas que usam a crise econômica como pretexto para não atender às reivindicações. “A categoria vivencia nas fábricas a retomada das contratações e da produção, por isso não vai aceitar desculpas”, diz Jorge Nazareno.
Greve no Estado de São Paulo – Tanta disposição de luta se soma à mobilização do conjunto dos 800 mil metalúrgicos do Estado de São Paulo, que participam da campanha salarial unificada, organizada pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, que reúne 53 sindicatos. Na capital e no interior, a disposição é de entrar em greve.
A categoria reivindica reajuste salarial, renovação e ampliação dos direitos da convenção coletiva, valorização do piso salarial, aplicação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução salarial, entre outros itens. A data-base da categoria é 1º de novembro.
Assembleias em Cotia – Amanhã, quarta-feira, 30, é a vez dos trabalhadores de fábricas situadas em Cotia e em Vargem Grande Paulista aderirem à mobilização. O Sindicato realizará diversas assembleias para informar a categoria sobre o andamento da campanha salarial e envolver mais trabalhadores na mobilização que pode resultar em greve.
Seminário – Neste sábado, 3, os trabalhadores de ambas as regiões também discutem os rumos da campanha salarial, num seminário que ocorre nas subsedes de Cotia e de Taboão da Serra, a partir das 9h.
Por Cristiane Alves
Jornalista
www.sindmetal.org.br