O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba já está convocando a categoria e toda a população para a paralisação geral, no próximo dia 15 de março, contra o fim da aposentadoria e dos direitos trabalhistas. O movimento é organizado pela Força Sindical e demais Centrais e tem o objetivo de barrar a ofensiva do governo contra a Previdência Social e os direitos dos trabalhadores.
“Trabalhadores do Brasil inteiro estão se organizando para participar desta grande luta contra o desmonte da Previdência Social. Essa proposta de reforma, se for aprovada do jeito que está, será um grande retrocesso para o Brasil. Ninguém vai conseguir se aposentar. Se o governo quer arrumar a casa, que comece primeiro cortando os milhares de privilégios da classe politica mantido com o dinheiro público. Dia 15 vamos dizer um grande não para esse projeto maldito”, diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.
70% dos brasileiros sem aposentadoria
Segundo o coordenador de relações sindicais do Dieese, Fausto Augusto Júnior, se a PEC 287, do governo e que trata da reforma da Previdência, for aprovada do jeito que está, o brasileiro terá que trabalhar até morrer. “De um ponto de vista bem objetivo, estamos falando que vamos deixar em torno de 70% da população fora do sistema previdenciário”, afirma Fausto.
A afirmação de Fausto fica clara analisando atentamente a proposta do governo. Ao impor a idade limite de 65 anos para a aposentadoria e tempo de contribuição de no mínimo 49 anos para o aposentado ter direito a receber 100% do valor do benefício, o governo deixa claro que não quer que ninguém se aposente. Para poder se aposentar aos 65 anos, o trabalhador vai ter que começar a trabalhar aos 16 anos e não parar de contribuir nunca, uma situação só possível se ele nunca ficar desempregado, o que é muito difícil no Brasil. Pesquisas mostram que quase metade (45%) dos trabalhadores conseguem ficar apenas 2 anos seguidos no mesmo emprego. Ou seja, com o alto índice de rotatividade que impera no país, se a reforma de Temer for aprovada, vai ficar muito difícil se aposentar antes dos 80 anos.
Além disso, a reforma ainda estipula o corte pela metade do valor das pensões por morte; o aumento do tempo de contribuição e redução do valor das aposentadorias para trabalhadores das categorias especiais, que estão sujeitos a situações insalubres e de periculosidade como enfermeiras, mineiros e os que trabalham com agentes químicos; Aumenta a desigualdade entre homens e mulheres ao estipular o mesmo tempo de contribuição para ambos;
Campanha Todos contra o fim da Aposentadoria
Para deixar claro o descontentamento da população com a reforma do governo, foi lançada, no Paraná, na última sexta-feira (03), a campanha Todos contra o fim da Aposentadoria. Em apenas dois dias, a página da campanha no Facebook já conta com 17 mil seguidores. A campanha é puxada pelas centrais sindicais e tem, em diversas ações, apoio de entidades de carreira pública de estado (juízes, desembargadores, auditores fiscais, procuradores do MPT, magistrados do trabalho, entre outras).
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*Com informações do Brasil de Fato