Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Mais de 5 mil metalúrgicos fazem passeata e ato pelo emprego na zona sul de São Paulo

Metalúrgicos de várias metalúrgicas da zona sul de São Paulo fizeram na manhã desta quinta-feira (11) uma grande passeata pelo emprego. Liderados pelo presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical, Miguel Torres, mais de mil trabalhadores saíram da fábrica de motores MWM, na Avenida das Nações Unidas, passaram pela Ponte do Socorro, onde se juntaram a metalúrgicos de outras fábricas, e seguiram em direção à Metalúrgica Prada, próxima ao terminal de ônibus, no Jd. Promissão, onde participaram do ato em defesa do emprego e contra as demissões promovido pelo Sindicato. Da Prada, os trabalhadores, junto com diretores e assessores do Sindicato, esticaram até o Largo 13, em Santo Amaro.

“Esta é uma manifestação pra ser levada pra todo o Brasil e a sociedade. Não vamos aceitar demissão. Não podemos admitir que os trabalhadores sejam novamente sacrificados com a perda dos empregos por causa da política econômica errada do governo, e fiquem sem recursos para sustentar suas famílias no momento de maior dificuldade”, disse Miguel Torres, lembrando as medidas provisórias que limitam o acesso ao seguro-desemprego, pensão por morte, abono do PIS.

O secretário-geral do Sindicato, Arakém, afirmou que os trabalhadores querem que a indústria tenha incentivo para garantir empregos e crescimento.

Os diretores Teco, Carlão, Jamanta, Zé Silva, Lourival, Cristina, Tito e Nivaldo Bugalu, responsáveis pela mobilização dos trabalhadores na região, reafirmaram que o objetivo é mostrar para a população a luta contra a crise e as demissões “provocadas por uma política recessiva inaceitável”.

Segundo Miguel Torres, essa política trouxe inflação com aumento de juros, de preços dos remédios, dos alimentos, combustíveis, energia e está tirando direitos dos trabalhadores. “O governo está de joelhos para o capital especulativo e para o sistema financeiro. Ele não taxa as grandes fortunas nem as remessas de lucro das empresas para o exterior, que seriam medidas honestas que ajudariam na arrecadação. Não tem coragem de fazer isso”, disse.

Miguel finalizou o ato dizendo que o Sindicato irá parar as empresas que demitirem e não negociarem alternativas às dispensas e avisou que as próximas manifestações pelo emprego serão nesta sexta-feira (12), na zona oeste da capital, e segunda-feira (15, em Mogi das Cruzes, em frente à General Motors.

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Manifestação desta sexta-feira, 12,
será na região oeste de São Paulo

O Sindicato realizará nesta 6ª feira, 12 de junho, a 5ª grande manifestação dos metalúrgicos contra a crise e o desemprego. O ato acontecerá às 9 horas, na Avenida Jornalista Paulo Zingg, 964, Jardim Jaraguá, Zona Oeste da Capital.

Vale destacar que, desde o início do ano, 30 mil metalúrgicos perderam o emprego na Grande São Paulo. É importante, também, lembrar que os empregos metalúrgicos estão atrelados à cadeia produtiva, que envolve químicos, têxteis e borracheiros, entre outros. Desta forma, quando são fechados postos de trabalho no setor metalúrgico, os demais setores também demitem.