Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Juventude

Jovens brasileiros participam na Alemanha de Programa do Seminário da Juventude

Jovens trabalhadores brasileiros participaram entre os dias 12 e 17 de junho, em Sprockhövel, na Alemanha, de um Seminário Internacional da Juventude. Lá eles apresentaram projetos que desenvolveram para que seus respectivos sindicatos atraiam mais jovens para a luta sindical.

Para Miguel Torres, presidente da CNTM, vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, são fundamentais a presença dos jovens trabalhadores nas lutas sindicais no Brasil e a inserção dos mesmos em eventos deste porte e nas lutas globais de solidariedade entre a classe trabalhadora.

Para Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM, Membro Executivo da IndustriAll Global Union e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, o programa é uma boa estratégia para promover esta participação internacional dos jovens metalúrgicos e para ampliar a presença da juventude no nosso movimento sindical, nas lutas em defesa dos direitos e do futuro do País.

Segundo Roberto Anacleto, técnico do Dieese/CNTM, a participação no Seminário faz parte de um projeto foi iniciado há seis anos e conta com o apoio da IndustriALL, da Fundação FES (Friedrich Ebert Stiftung), dos Sindicatos da América Latina e Caribe e do IG Metall, da Alemanha.

Foram realizadas duas oficinas de três anos. Cada seminário ocorre anualmente em um país. Até hoje funcionou assim: 2012 (Brasil),  2013 (Argentina), 2014 (Alemanha), 2015 (Brasil), 2016 (Argentina) e 2017 (Alemanha).

Nos seminários são discutidos temas relacionados à formação sindical de jovens dirigentes. Em cada país, o grupo, que além dos brasileiros é composto por outros jovens da América Latina e da Alemanha, tem a possibilidade de conhecer como funciona a organização sindical, a organização da juventude e até os movimentos sociais dos países que sediam os eventos. Também há uma intensa troca de experiências com os jovens de outros países.

Durante esse período de três anos os participantes devem elaborar um plano de ação sindical. Esses planos têm como objetivo trazer jovens para dentro dos sindicatos, criar coletivos de juventude e desenvolver espaços de discussão e cultura dentro do movimento sindical.

No primeiro ano eles fazem o planejamento e iniciam a execução, que vai até a apresentação dos resultados no terceiro ano do projeto.

Na oficina final deste ano na Alemanha a delegação dos jovens representantes das Confederações/Federações da FS filiadas à IndustriALL participou com uma delegação de seis membros:

Andréia Alves, Sindicato das Costureiras/Conaccovest, Diovane Aquino, do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Couro de MG/Conaccovest e da Força Minas, Antonio Carlos Ferreira, do Sindicato dos Químicos de Itatiba e Região/Fequimfar, e Thiago Pereira Fonseca, do Sindicato dos Siderúrgicos do RJ/CNTM.

Os jovens  tiveram assessoria durante três anos de Roberto Anacleto, técnico do Dieese e responsável pela  Coordenação Pedagógica. Jéssica Leite, da Coordenação de Juventude da CONACCOVEST, já fez esse projeto e agora auxiliou os jovens.

A formação dos jovens aqui no Brasil foi composta por ramos e segmentos, químico,  têxtil e metalúrgico de ambas as centrais, Força e CUT,  que indicaram os representantes de sindicatos federações ou das centrais para participar do projeto.

O  objetivo específico era mostrar como podemos tornar os sindicatos mais fortes e como atrair o jovem para dentro do sindicato. O projeto apresentado teve a participação dos jovens que compõem a coordenação da Secretaria da Juventude da Federação – Fequimfar.

Depoimento de Thiago Pereira Fonseca, Thiago Pereira Fonseca, do Sindicato dos Siderúrgicos do RJ/CNTM

“O projeto consiste em identificar jovens dentro das indústrias e atrair membros  informando-os da importância da renovação do movimento sindical por meio de pesquisas de campo e divulgações por mídias sociais, traçando um perfil da juventude do Rio de Janeiro! Depois de identificado, promoveremos eventos socioculturais tais como almoço com os trabalhadores e família, eventos com banda ao vivo e dança, torneios e campeonatos de futebol, criação de um CT (Centro de Treinamentos) que oferecerá cursos de qualificação para todos os trabalhadores. A partir de agora seguiremos com o ciclo do projeto organizando a juventude sindicalmente, informando e qualificando a cada um”.

 


Outros depoimentos

Antonio Ferreira, do Sindicato dos Químicos de Atibaia e da Fequimfar

“O plano de ação foi montado para atender nossas dificuldades de nos relacionarmos melhor com os jovens. Realizamos o 1º encontro estadual do segmento químico e extraímos deste ideias de como progredir, por exemplo, na construção de um blog. O foco  principal deste plano de ação e como faríamos para conscientizar os dirigentes mais velhos de que é necessária a renovação de quadros dentro dos Sindicatos, e que os jovens merecem e necessitam destes espaços. O projeto foi bem aceito por todos os participantes do intercâmbio. Pretendemos seguir com o projeto e tornar a juventude militante em busca dos espaços que podem ser ocupados por nós, mas vale lembrar que, para isto, precisamos também das experiências e ensinamentos  dos mais velhos.”

Andreia Alves, do Sindicato das Costureiras SP e Osasco e Conaccovest, e da direção da Força Nacional

“Meu projeto era um coletivo para jovens porque não tinha nada para a juventude no sindicato. Foi implantado um coletivo com o objetivo para ampliar o número de jovens no sindicato, de contribuir para a construção de uma agenda permanente de política de juventude sindical e de aproximação com os movimentos sociais, além de buscar alternativas para melhorar as condições do trabalhador e fortalecer a discussão de gênero. No dia do evento compareceram 60 jovens ao sindicato. Fizemos o convite e foi uma boa surpresa, porque  acreditamos que viriam, mas não nesse número todo porque, no primeiro momento, quando falamos em sindicato, eles não querem saber.”

Diovane Aquino, do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Couro de MG/Conaccovest e da Força Minas

“O meu projeto visa à inserção do jovem no sindicato, bem como a formação de jovens diretores, para que o mesmo tenha uma bagagem de conhecimentos para debater, defender temas e pautas de interesse da juventude, e a criação do Coletivo da Juventude, vem para promover debates, fóruns e ciclo de palestras, para que possamos formar ideias e promover políticas públicas voltadas à juventude. Anteriormente, meu projeto visava apenas jovens da base do Sindicato, que é intermunicipal. Mas, a partir de agora, iremos abranger jovens de todo o Estado de Minas Gerais e, assim, garantir uma melhor atuação no cenário político. Como assumimos a Secretaria da Juventude da Força Sindical Minas recentemente, iremos apresentar à direção uma agenda conjunta com a Secretaria de Formação, com debates, ciclo de palestras e cursos de formação sindical para a Juventude de todo o estado”.

Por: Assessorias de Imprensa da CNTM e Força Sindical