Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Jornalista da Folha começa nesta quarta, 17, corrida por Manoel Fiel Filho

A sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo será o ponto de largada da “Corrida por Manoel”, em memória dos 40 anos da morte do metalúrgico Manoel Fiel Filho, no período da ditadura militar.

Às 8h será feito um ato simbólico no Sindicato, na rua Galvão Bueno, 782, Liberdade. Depois, sindicalistas metalúrgicos e de outras categorias farão uma caminhada até a sede do Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), na Rua Tutoia, 921, Paraíso.

Manoel Fiel Filho morreu sob tortura no dia 17 de janeiro de 1976, no Doi-Codi de São Paulo. 

O projeto “Corrida por Manoel”, do jornalista e maratonista Rodolfo Lucena, prevê 40 dias de “corrida”, cujos trajetos relembrarão a vida, trajetória, prisão e execução do trabalhador, a luta da família em defesa de sua memória e a luta contra o regime militar (1964-1985). A corrida será encerrada no dia 9 de abril, no Memorial da Resistência.

“Este resgate da memória é importante para mostrar aos trabalhadores a necessidade de avançar na luta. As gerações mais jovens não conhecem a história das lutas e conquistas do movimento sindical, não têm muita noção para que serve um Sindicato e a sua importância na vida política e social do País. Não sabem que o que eles têm hoje garantidos como direitos é graças à luta dos companheiros do passado”, afirma o presidente do Sindicato e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Miguel Torres.

O Sindicato reverencia a memória de Manoel Fiel Filho, que era sindicalizado e militante. No 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, realizado em junho de 2009, o Sindicato instituiu o dia 17 de Janeiro como “Dia do Delegado Sindical Metalúrgico” e lançou um selo comemorativo em sua homenagem.

“Manoel era um militante da categoria. O delegado sindical é um importante tripé na organização sindical. Ele é um braço do sindicato dentro da fábrica”, afirma Miguel Torres.