Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

CNTM

Indústria forte!

“Os países precisam definir suas prioridades. É isso que faz um povo ser Nação. As prioridades definem um projeto nacional e o projeto engaja as vontades individuais, os interesses econômicos e os objetivos coletivos.

O Brasil deu passos adiante. E eu destaco três importantes: a reconquista da democracia, sacramentada na Constituição de 1988; o fim da inflação por meio do Plano Real, em 1994; e as políticas de inclusão social nos dois governos Lula e no primeiro governo Dilma.

Não há dúvida, portanto, de que o Brasil optou pela democracia; que decidiu viver sem inflação galopante; e que aprovou as políticas de Estado em prol da inclusão de milhões de compatriotas.

Isso não é pouco. Mas não basta. Enfrentamos sérias falhas na infraestrutura logística (portos, rodovias etc.); precisamos elevar o padrão educacional, especialmente no ciclo básico; e temos de definir um perfil para a nossa economia, resgatando a iniciativa de Getúlio Vargas, que criou nossa base industrial.

Temos alguns avanços na parte da infraestrutura, por meio de investimentos públicos e das PPP (parcerias Estado-empresa); a Educação melhorou, ao reduzir o analfabetismo e incluir mais crianças – nos últimos anos ampliamos o ensino técnico. Onde estamos mal? Na questão da indústria.

A divisão global, pela vontade dos gigantes econômicos e dos países ricos, quer que o Brasil se contente em ser grande produtor do agronegócio e exportador de matéria-prima (commodities), de baixo valor agregado, garantindo os empregos de qualidade lá fora, entre os próprios importadores.

Como dar esse salto de qualidade, fortalecendo nossa indústria. Ninguém tem a fórmula acabada. Mas o debate sobre esse tema é urgente. A sociedade não deve ficar esperando só os governos. Entidades de trabalhadores, empresariais, Executivo, Legislativo, universidades e mídia podem somar esforços e apontar soluções.

Guarulhos – Somos um forte polo industrial, que corre risco de esvaziamento. E isso não pode ocorrer, pois significará empobrecimento do município e da própria população.

Temos de dinamizar os projetos já em andamento; estimular novas iniciativas; apoiar os pequenos empreendedores; oferecer vantagens fiscais ao setor produtivo; e melhorar a infraestrutura do município.

O Brasil não será forte e desenvolvido se não consolidar nosso parque industrial, diversificar a produção, agregar tecnologia e dispor de mão de obra bem-formada. Como Guarulhos fica no Brasil, acho que podemos começar por aqui”.

José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região

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