Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Greve na Valtra de Mogi das Cruzes entra no terceiro dia

Paulo Segura

Assembleia no portão da empresa em Mogi das Cruzes

Diante da falta de acordo sobre a revisão do pagamento da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), os trabalhadores da fabricante de tratores Valtra, em Mogi das Cruzes, decidiram em assembleia nesta quinta-feira, 26 de fevereiro, manter a greve iniciada na terça-feira.

Na quarta-feira, 25, a empresa havia proposto a volta ao trabalho para iniciar as negociações, mas os trabalhadores não concordaram.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, presidido por Miguel Torres, tem feito assembleias diárias na porta da fábrica. Segundo o diretor Silvio Bernardo, a empresa fechou os banheiros para que os trabalhadores não usassem e não se manifestou mais.

Segundo o secretário-geral da entidade, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, nesta sexta-feira, 27, haverá nova assembleia, às 9h, “para discutir os rumos do movimento”.

A Valtra fica na rua Capitão Francisco de Almeida, 695, Brás Cubas, Mogi das Cruzes.

Histórico

A greve começou com o descontentamento dos trabalhadores com relação ao valor da segunda parcela da PLR que receberam. Segundo Silvio Bernardo, o acordo de 2014 estabelecia um benefício de R$ 4 mil, condicionado à meta de fabricação de 15,8 mil tratores.

Porém, as demissões ocorridas durante o ano, concessão de férias coletivas e redução da produção tornaram a meta inatingível.

Em julho do ano passado, os trabalhadores receberam a primeira parcela, de R$ 1.600,00. Agora, em fevereiro, a empresa pagou apenas R$ 700,00, metade do que esperavam.

Por Assessoria de Imprensa
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