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CNTM e Confederações debatem ações em defesa dos direitos

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Reunião da CNTM

O presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, Miguel Torres, também vice-presidente da Força Sindical, coordenou na terça, 10 de janeiro, uma reunião da diretoria executiva da CNTM.

O objetivo do encontro, que reuniu presidentes das Federações de Metalúrgicos filiadas à CNTM, foi avaliar as propostas de reformas da Previdência e da legislação Trabalhista e os prejuízos para os trabalhadores e discutir quais ações seriam necessárias para resistir contra os retrocessos e defender com amplo alcance as medidas desenvolvimentistas que melhorem a economia e gerem emprego.

O encontro foi na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, com a participação de José Silvestre (coordenador de relações sindicais do Dieese-Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Marcos Verlaine (jornalista e analista político do Diap-Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e do consultor sindical João Guilherme Vargas Neto.

Eles apontaram para a importância do movimento sindical adotar um plano permanente de defesa dos direitos, de pressão em cima dos parlamentares, no Congresso e nas suas bases eleitorais, e de uma ampla mobilização, dos trabalhadores, desempregados, aposentados e juventude.

Verlaine lembrou que o projeto de reforma da Previdência está em regime de urgência na Câmara e requer uma ação imediata e permanente do movimento sindical junto aos parlamentares. “Há uma articulação dos três poderes – STF, Executivo e Congresso Nacional – para tirar direitos e a proposta da Previdência é para acabar com a Previdência”, alertou. “Precisamos mostrar aos trabalhadores e à sociedade, de forma direta, que as propostas em andamento são nocivas ao País.

João Guilherme enfatizou que “é preciso olhar para o trabalhador, agir de acordo com a necessidade dele, colaborar para que ele continue sendo beneficiado socialmente e economicamente”. João Guilherme defende a resistência do movimento sindical unificado contra as medidas impopulares que tiram direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora e contra a terceirização. “O sindicalismo brasileiro é o mais forte do mundo e querem, exatamente por isto, enfraquecê-lo”, diz João Guilherme, destacando ainda que é fundamental continuar defendendo a retomada da economia com propostas desenvolvimentistas como, por exemplo, a Renovação da Frota de Veículos.

Pautas importantes para o Brasil
Miguel Torres, presidente da CNTM, lembrou que o movimento sindical tem pautas fundamentais para o País enfrentar a crise: a pauta trabalhista e o Compromisso pelo Desenvolvimento. “Além disto, já há uma reforma da Previdência em andamento: o fator 85/95. Não temos que entrar em outras pautas, temos que defender a nossa, a aposentadoria especial e o direito das categorias diferenciadas”.

Encontro das Confederações
No mesmo dia, também na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, aconteceu um encontro do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), com representantes de 12 Confederações, diversas Federações e Sindicatos de diferentes categorias profissionais.

Para Miguel Torres, os eventos reforçam a unidade sindical. “A crise é muito grave e os ataques aos direitos se multiplicam. A unidade do sindicalismo é fundamental para posicionar a classe trabalhadora na discussão das reformas, na resistência às agressões e na articulação das lutas”, comenta. Ele informa que novas reuniões, amplas e unitárias, devem acontecer nas próximas semanas.

FST – O Fórum Sindical de Trabalhadores, coordenado por Artur Bueno de Camargo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA Afins), dirigiu o encontro da tarde. Para o dirigente, o movimento sindical deve combinar resistência e negociação. Mas ele indica que, pra isso, será preciso mobilizar as bases. “Nossa força é a base. É com essa força e legitimidade que devemos negociar com a Câmara, o Senado, o governo e também realizar atos e protestos, em todo o País”, diz.

Para Artur, um dos caminhos é tratar com os parlamentares em suas bases. “Falar com eles em Brasília já faz parte dos encaminhamentos. Mas o político sente o peso da pressão quando vê ações organizadas nos locais onde vive seu eleitorado”. O dirigente do FST defende que toda a estrutura sindical se mobilize.

João Guilherme alerta para a gravidade da situação. Ele analisa: “A recessão já dura três anos, com indicação de depressão. Nossos adversários se aproveitam disso e do desemprego crescente para atacar direitos e tentar isolar o movimento sindical da sociedade. Querem que sejamos como nos Estados Unidos, onde o sindicalismo foi isolado e perdeu qualquer força social ou política. Lá, a sindicalização mal chega a 5%”.

Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM, defendeu a pauta unificada sindical para criar identidade da classe trabalhadora com as ações em defesa dos direitos e da retomada do desenvolvimento com geração de empregos e trabalho decente. “Precisamos que as entidades sindicais invistam mais na comunicação com os trabalhadores, para que as informações circulem com mais eficiência, façam o contraponto com as opiniões conservadores e colaborem com a mobilização das categorias”, diz Mônica Veloso.  

Por Val Gomes (redação CNTM), com informações de João Franzin (Agência Sindical) e da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Fotos: Alexandre Líder  

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Reunião das Confederações

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Miguel Torres (CNTM) e Artur Bueno (FST)