Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Osasco/SP

5.000 metalúrgicos param contra ofensiva sobre direitos

​Ao invés de gerar crescimento econômico, as medidas do governo Temer vão gerar mais miséria e exploração sobre os trabalhadores. Esse foi o consenso entre os metalúrgicos que pararam por pelo menos uma hora, nas portas de 15 fábricas, na manhã desta sexta-feira, 25. A manifestação é parte do Dia Nacional de Lutas unificado e organizado pelas centrais sindicais.

A manifestação sinaliza que os trabalhadores não vão tolerar a aprovação de medidas como a terceirização. Eles têm bem claro que isso não significa “modernizar” relações de trabalho, mas, sim, retirar os direitos que têm. “Penso nos meus filhos, que têm 21 anos e outro, 18 anos. Vai ser outra realidade para eles no mercado de trabalho, precária”, avalia um metalúrgico da Meritor, de Osasco.

A preocupação também recai sobre os direitos previdenciários. Os trabalhadores vivem a angustia da proximidade da aposentadoria, sem saber se finalmente vão ter esse direito. Outros, têm familiares que estão ameaçados de perder auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por conta do pente-fino realizado pelo governo nestes benefícios. “Estamos apreensivos em casa. Tenho um irmão que é aposentado por invalidez, temos medo deste governo cortar o único meio que meu irmão tem de ter dinheiro”, afirma uma trabalhadora da Spaal, de Taboão da Serra.

E ainda tem a PEC 55, que, para os trabalhadores, não significa possibilidade de crescimento, mas cortes de investimentos em setores chaves, como Educação e Saúde. Diante de tantas ameaças, cresce na categoria a intenção de fazer manifestações maiores, até uma greve geral. “A gente tem de brigar, para eles nos respeitarem”, resume um trabalhador da Belgo, de Osasco.

E esse será o caminho, caso o governo Temer insista em impor aos trabalhadores o prejuízo da crise. “Que precisa cortar gastos, nós sabemos. Cortem os supersalários, o auxílio-paletó, cortem o pagamento de juros”, defende o diretor Gilberto Almazan.

Depois das assembleias, metalúrgicos seguiram para o ato em SP, em frente a Superintendência do INSS, no viaduto Santa Efigênia.