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Taxa de desemprego atinge 7,5% em maio, segundo IBGE


SÃO PAULO – A taxa de desemprego apurada e divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 7,5% em maio, ante 7,3% em abril. Apesar do aumento, essa é a menor taxa para meses de maio desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em março de 2002. O resultado ficou acima do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam índice entre 6,8% e 7,4%, com mediana de 7,1%.

O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, acredita que a pequena alta na taxa de desemprego é um sintoma de estabilidade, pois a taxa de maio reflete o aumento da procura por trabalho. Ele aponta que o número de desocupados (sem emprego e a procura de uma vaga) subiu 3,2% ante abril. “O aumento da ocupação não foi suficiente para atender todas as pessoas que buscavam trabalho. Nesse período do ano é comum aumentar a busca por uma vaga, especialmente diante das notícias de cenário econômico mais favorável, que estimulam a população a procurar trabalho”, disse.

Azeredo destacou a forte queda ocorrida na taxa em maio deste ano em relação a igual mês do ano passado, quando a taxa de desemprego chegou a 8,8%. Nessa comparação, enquanto o número de pessoas sem emprego e a procura de uma vaga reduziu em 272 mil, foram geradas 894 mil vagas

Segundo o IBGE, o número de ocupados em maio somou 21,8 milhões nas seis principais regiões metropolitanas, com alta de 0,3% ante abril e aumento de 4,3% ante maio de 2009. Já o número de desocupados totalizou 1,7 milhão, com alta de 3,2% ante abril e queda de 13,4% na comparação com maio do ano passado.

O rendimento médio real dos trabalhadores registrou, em maio, a primeira queda ante mês anterior apurada pelo IBGE em 2010. O último recuo nessa base de comparação havia ocorrido em dezembro de 2009, de 0,9%, exatamente a mesma magnitude de queda apurada em maio deste ano ante abril. O rendimento médio real dos trabalhadores chegou a R$ 1,4 mil em maio.

Repercussão

O economista da Nobel Asset Management Paulo Val, avaliou que já em abril, houve um crescimento muito forte da ocupação, o que fez a taxa dessazonalizada bater em 6,8%, segundo os meus cálculos. “Em maio, a ocupação continuou crescendo de uma maneira mais gradual. Continua um quadro de aquecimento no mercado”, opinou.

Agência Estado