Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo reinaugura subsede em Mogi das Cruzes

Paulo Segura

Miguel Torres lidera reunião com trabalhadores de Mogi das Cruzes

Cerca de mil trabalhadores metalúrgicos de Mogi das Cruzes participaram da reinauguração da subsede do Sindicato dos Metalúrgicos na noite desta sexta-feira (18) e também da assembleia de mobilização da campanha salarial, realizada na rua, em frente à subsede.

O evento contou com a presença do prefeito de Mogi, Marco Bertaiolli; do secretário municipal de Desenvolvimento, Marcos Damasio, dirigentes sindicais de outras categorias, além de toda a diretoria, assessoria e funcionários do Sindicato.

“Estamos investindo o dinheiro do trabalhador em prol do próprio trabalhador, ampliando o atendimento à categoria com instalações modernas e melhorando os serviços aos associados e suas famílias. Isso vai ajudar a ampliar o trabalho da diretoria e as lutas junto à base”, disse o presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres.

A base do Sindicato em Mogi, Poá, Guararema e Biritiba Mirim reúne cerca de 12 mil trabalhadores, sendo que metade é sindicalizada, e dois diretores, Paulão e Silvio, que fazem o trabalho de mobilização aos trabalhadores nas fábricas da região.

O prefeito Marco Bertaiolli disse que a subsede valoriza a cidade de Mogi das Cruzes. “Estamos fazendo uma parceria para o desenvolvimento do distrito industrial de Taboão, vamos trabalhar juntos para atrair novas indústrias. Nosso interesse é o mesmo, gerar empregos para a região. Podemos trazer as universidades para esta parceria para fazer cursos específicos e gerar oportunidade de trabalho”, afirmou o prefeito.

A diretora financeira, Elza Costa Pereira, que acompanhou todo o projeto da obra, disse que este é um momento importante da campanha salarial e também da entrega da nova subsede à categoria. “É o dinheiro do trabalhador voltando para o trabalhador, é mais uma obra que o sindicato entrega, com serviços de mais qualidade e também espaço de lazer para os trabalhadores, depois de 13 meses de obra. Este espaço só fortalece a nossa luta”, afirmou.

O secretário-geral, Arakém, disse que se sentia muito honrado de fazer parte dessa diretoria e de estar participando da reinauguração da subsede. “Esta sede será uma trincheira de luta dos trabalhadores de Mogi e servir pra gente continuar firme na nossa luta. Fico feliz em morar nesta cidade”, afirmou.

Paulinho da Força, deputado federal e diretor do Sindicato, disse que a região tem empresas importantes, trabalhadores qualificados e que é importante ter uma sede à altura dos trabalhadores. “Estamos em campanha salarial e precisamos lutar pelos nossos salários, estamos insatisfeitos com a política econômica do governo, temos reivindicações importantes no Congresso Nacional, pelo fim do fator previdenciário, contra a terceirização, pela redução da jornada de trabalho e precisamos que ter um espaço com mais estrutura para organizar as nossas lutas e mobilizar os trabalhadores”, disse Paulinho.

A nova subsede possui quatro andares, com ambulatório médico, sala dos aposentados, salas dos diretores e de reunião, salão de eventos, auditório, quadra, churrasqueira,  arquivo, almoxarifado, copa,  banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, elevador, TV em todos os andares, amplo estacionamento e área verde.

“Nossa sede foi construída de acordo com as normas ambientais, possui jardim e área de recuo do córrego Rio Negro, que passa nos fundos do terreno, e outras benfeitorias”, afirmou a diretora Elza.

Campanha Salarial

Miguel Torres informou que o comando de negociação deu um ultimato aos patrões, que até agora só discutiram cláusulas que vão ser renovadas. “Os patrões não entraram na questão do aumento salarial, horas extras, piso e outros benefícios sociais, como a licença-maternidade de 180 dias, por exemplo. Por isso, no próximo dia 27, vamos fazer uma grande assembleia na rua do Sindicato, em São Paulo e decidir greve, se até lá não tivermos uma contraproposta salarial digna”, disse Miguel.

A assembleia aprovou a proposta de parar se não tiver proposta patronal.

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