Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Eleições 2018

Sindicalismo faz pauta trabalhista chegar aos presidenciáveis e ao debate eleitoral

Dirigentes com Ciro no encerramento do Congresso Sindical do PDT, em Brasília, quinta

Avança o esforço unitário de levar a pauta trabalhista para o centro do debate eleitoral. Um passo adiante, nesse sentido, foi dado quinta (19), quando as Centrais entregaram a Ciro Gomes (PDT) a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora. O documento, que contém 22 propostas para a retomada do crescimento, foi entregue ao candidato pedetista durante a Convenção Nacional do Movimento Trabalhista do PDT, em Brasília.

O evento antecedeu a Convenção Nacional do Partido (na sexta), que confirmou o ex-governador como candidato à presidência da República.

A Agenda, elaborada com apoio do Dieese, está sendo levada pelas Centrais como contribuição às plataformas de campanha dos candidatos na eleição de outubro. Ela também será entregue a postulantes a cargos legislativos e executivos estaduais e federal.

Em sua fala, Ciro Gomes voltou a se posicionar contra a lei trabalhista de Temer, reiterando que pretende revogá-la. Ele também afirmou que irá rever privatizações de estatais estratégicas e a venda da Embraer para a americana Boeing.

“Tudo que for contrário ao trabalhador e ao interesse público será revisto e revertido”, afirmou. Ciro se comprometeu a manter diálogo permanente entre governo e Movimento Sindical. Ele encerrou sua fala dizendo: “Esse governo que eu vou liderar servirá aos mais pobres e aos trabalhadores”.

Força Sindical – O dirigente metalúrgico Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical e presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, reafirmou a necessidade de colocar no Palácio do Planalto um governo desenvolvimentista. Ele denunciou ainda a medida provisória que trata do programa “Rota Brasil 2030”, que destina mais incentivos fiscais às montadoras multinacionais.

“Era uma discussão do Inovar-Auto, que contava com participação muito forte das Centrais Sindicais, numa bancada tripartite. Conseguimos colocar contrapartidas de desenvolvimento e tecnologia. O acordo acabou e agora querem enfiar esta Rota 2030 sem a participação dos trabalhadores. Isto, mais uma vez, vai gerar desemprego e acabar com a indústria nacional, pois a montadoras trarão tudo de fora. É um crime”, afirma.

Miguel também chamou de armadilha o acordo Mercosul/União Europeia. “Querem regulamentar o acordo a toque de caixa. A base deste protocolo é vender o País e deixar nosso povo ainda mais atrasado”, salientou.

CTB – Para o presidente em exercício da CTB, Divanilton Pereira, a Agenda é uma contribuição ao programa de governo dos candidatos. “É uma contribuição sob a ótica classista. Ela objetiva aperfeiçoar a perspectiva desenvolvimentista que dialoga fortemente com a retomada da democracia e do progresso brasileiro”, aponta.

O Movimento Sindical do PDT continuará comandado pelo metalúrgico Milton Cavalo. O evento contou com representantes de movimentos trabalhistas do Partido de nove Estados, que já realizaram suas convenções.

PDT Sindical – De acordo com Milton, o evento foi importante e único. “É inédito o que aconteceu. Um pré-candidato, um dia antes de ter seu nome homologado pelo partido, se encontrar com dirigentes das principais Centrais Sindicais. Ciro mostrou que tem lado. O lado dele é o trabalhador”, disse.

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