Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Artigo

Precisamos fazer escolhas certas

Nos próximos dias, todos os partidos terão realizado suas convenções, indicando candidatos aos cargos em disputa nas próximas eleições, dia 7 de outubro. Feito isso, começa a campanha pra valer e os candidatos passam a pedir o voto do eleitor.

A grande mídia, por um hábito errado, a meu ver, dá destaque quase que exclusivo aos candidatos a cargos no Executivo – governadores e presidente da República, este ano, pois as eleições para prefeito serão em 2020. Ocorre que, no Brasil, o poder é dividido meio a meio, porque o Congresso Nacional tem muita influência, para o bem ou para o mal.

Portanto, sem desmerecer a importância real dos cargos majoritários, recomendo que se discuta mais a eleição proporcional. Se não, vamos assistir de novo à chuva de votos em candidatos que só aparecerem na cidade em época de eleição, e depois não dão mais as caras.

Chamo atenção, especialmente, dos trabalhadores da ativa e aposentados. Não podemos mais eleger deputados e senadores que visitam os bairros, vão às nossas casas, fazem campanha em porta de fábrica, frequentam cultos religiosos, se mostram aliados do trabalhador, mas, na hora de decidir, votam sempre a favor do capital.

Portanto, a tarefa principal do eleitor será checar o comportamento dos parlamentares que concorrerão à reeleição. Feito isso, não podemos reeleger quem tenha aprovado a terceirização selvagem, a lei trabalhista de Temer ou tenha também apoiado a reforma neoliberal da Previdência.

Em quem votar, então? Candidato bom não falta, principalmente nos partidos progressistas. O eleitor deve procurar conhecer o histórico do candidato, avaliar seu desempenho em cargos anteriores e verificar se suas propostas contemplam o interesse público, se ajudam o regime democrático, se têm condições de ser postas em prática.

Observe que proposta é alguma coisa concreta – ou seja, é muito diferente de promessa.

Em quem não votar? Adoto três critérios: 1) em candidato sem compromisso com a democracia; 2) em candidato/partido sem compromisso com a inclusão social; 3) em candidato/partido sem compromisso com os direitos dos trabalhadores.

Informação – Recomendo dois sites como boa fonte de informação sobre o Congresso e a política, de um modo geral. O www.diap.org.br (do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e o www.congressoemfoco.com.br (doCongresso em Foco)são fontes confiáveis para o trabalhador e o conjunto da sociedade.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e Secretário nacional de Formação da Força Sindical

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