Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Miguel Torres lidera reunião regional dos metalúrgicos de São Paulo

Foto: Paulo Segura

Metalúrgicos de São Paulo reunidos na sede do Sindicato, com Miguel Torres à frente do debate

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo realizou nesta sexta-feira, 6 de fevereiro, a segunda reunião de mobilização da categoria, com trabalhadores das regiões leste e centro da capital. O encontro aconteceu no auditório do Sindicato, na Liberdade, e faz parte da série de mobilizações programadas pela diretoria na luta em defesa dos direitos e benefícios.

O deputado federal Paulinho da Força relatou que o ano começou tendo que articular, no Congresso Nacional, a derrubada das medidas provisórias que mexem nas regras do seguro-desemprego, abono do PIS, pensão por morte, auxílio-doença e seguro-defeso dos pescadores, e tiram direitos. “Derrotamos o governo, que perdeu a presidência da Câmara dos Deputados, ficou fora da mesa diretora e das principais comissões da Casa. Precisamos manter a mobilização e a luta para derrubar as medidas”, disse.

Paulinho criticou a presidente Dilma, que, ao editar as medidas, disse que o governo vai economizar R$ 24 bilhões. “O que é economia para o governo é direito nosso. Vamos atacar em várias frentes, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal, para provar que as medidas são inconstitucionais, e nas ruas”, afirmou.

Miguel Torres, presidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical, disse que a presidente Dilma ficou três anos sem conversar com as centrais, disse que ia abrir diálogo e quando chamou as entidades foi para apresentar o pacote de maldades. “Isso mostra que foi uma punhalada nas costas dos trabalhadores. O movimento sindical está se preparando e unido para derrubar as medidas. Vamos fazer a Marcha em Brasília na semana de votação das medidas para pressionar o Congresso a derrubá-las”.

Miguel Torres abriu a palavra para os trabalhadores se manifestarem. Eles falaram das dificuldades econômicas das fábricas, da importância da categoria ter consciência política para eleger representantes dos trabalhadores nas casas legislativas e aprovaram a continuidade da luta. “Temos que estar unidos e cada vez mais fortes para enfrentar esta e outras situações adversas”, disse Miguel.

O secretário-geral do Sindicato, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, valorizou a presença dos trabalhadores e trabalhadoras na reunião, no final de uma sexta-feira chuvosa. “É um dia importante de discussão e vocês estão aqui”.

Pauta Trabalhista – A categoria também aprova a luta contra os juros altos e os impostos que penalizam o setor produtivo. Além disto, os metalúrgicos concordam com a justa correção da tabela do imposto de renda, com a retomada do processo de industrialização do País e com os demais itens da Pauta Trabalhista das centrais sindicais.

Vale lembrar que a Pauta Trabalhista reivindica: redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, fim do fator previdenciário, fim das demissões imotivadas, valorização do salário mínimo e das aposentadorias e retomada do desenvolvimento econômico do País, com valorização do setor produtivo nacional, distribuição de renda e investimentos em segurança, saúde e educação, entre outras reivindicações.

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