Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Metalúrgicos participam da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente


Foto: Alexsander Wilson Gonçalves

A Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Confederação Nacional dos Profissionais Liberais (CNPL) realizaram nesta terça-feira, 7 de outubro, em frente à SRT-SP (Superintendência Regional do Trabalho), no centro de São Paulo, a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente.

O ato faz parte de uma campanha internacional da CSI (Confederação Sindical Internacional) pelo Trabalho Decente. Representando a Força Sindical Nacional estavam o secretário-geral João Carlos Gonçalves (Juruna), o secretário de Relações Internacionais Nilton Souza (Neco), o tesoureiro geral Ademir Lourival Ferreira, o 1° Secretário Sérgio Luiz Leite (Serginho) e a secretária Nacional de Políticas para as Mulheres Maria Auxiliadora.

Juruna ressaltou a importância da unidade de ação das centrais filiadas a CSI. “Neste momento mostramos ao governo e ao setor empresarial a nossa força e unidade na luta por trabalho decente”, disse o sindicalista que alertou que os direitos trabalhistas, entre os quais os direitos sociais são garantidos com greve e mobilização dos trabalhadores.

O trabalho decente começa com a preservação da integridade física dos trabalhadores, defendeu Serginho. “Devemos lutar por carteira assinada e manutenção de um diálogo permanente com o governo por condições dignas no ambiente de trabalho”, completou o sindicalista.

“Temos que manter a luta pelo fim do fator previdenciário, pela manutenção da política de valorização do mínimo e pela redução da jornada, sem redução de salários que são itens que constam na pauta dos trabalhadores e que vão de encontro com o trabalho decente”, afirmou Neco.

Auxiliadora lembrou que centenas de trabalhadores se acidentam no local de trabalho diariamente em função das condições precárias que são oferecidas pelas empresas. “Os empresários se preocupam cada vez mais apenas com o lucro e cada vez menos com a segurança”.

Edson Bicalho, presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru e dirigente da IndustriALL Global Union enfatizou que é preciso fortalecer o combate ao trabalho em condições análogas a escravidão. “Os trabalhadores precisam organizar o movimento sindical em países onde não há representação para coibir esta prática nefasta aos trabalhadores”, defendeu.

Jorge Carlos de Morais (Arakém), secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos São Paulo, acredita que apesar dos avanços, a classe trabalhadora precisa estar vigilante para evitar a retirada dos direitos, que é uma medida defendida pelos empresários. “Os países que avançaram foram capazes de garantir qualidade de vida para a população”.

O presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Felício, lembrou que hoje é um dia para protestar e refletir sobre a atual situação dentro do ambiente de trabalho. “Queremos os trabalhadores nas ruas lutando pelas questões que envolvem o trabalho decente, pois somente assim será possível avançar nas conquistas”.

O superintendente da SRT-SP, Luiz Antonio de Medeiros recebeu das mãos dos sindicalistas um manifesto contendo as principais reivindicações dos trabalhadores sobre o tema. “O ministério está do lado dos trabalhadores e vamos aumentar a fiscalização nas empresas para coibir as formas degradantes de trabalho”, disse.

Medeiros lembra que as atenções não devem estar voltadas apenas ao trabalho informal que é exercido por haitianos e bolivianos. “Precisamos lutar por trabalho decente em grandes empresas e mesmo no serviço público que hoje não oferecem um mínimo de dignidade aos trabalhadores”.

Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
Acesse o site www.fsindical.org.br