Ao final de quatro rodadas de negociações realizadas nesta quinta-feira, o comando de negociação da Campanha Salarial dos Metalúrgicos da Força Sindical rejeitou as propostas de reajuste salarial entre 7,5% e 8,5% apresentadas pelos patrões e pediu aos representantes dos grupos patronais para apresentar uma “proposta digna” até amanhã (sexta-feira), caso contrário, a categoria poderá parar na próxima semana.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes vai realizar domingo, dia 30, uma assembleia geral decisiva da categoria para deliberar sobre a contraproposta patronal.
“Queremos uma contraproposta salarial satisfatória, e que contemple também as reivindicações sociais da categoria, caso contrário, a partir da semana que vem vamos começar a parar as fábricas”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
O dirigente lembra que, este ano, toda a Convenção Coletiva de Trabalho será renovada. “O que acordarmos vai valer para os próximos 12 meses, por isto, não podemos vacilar”, reforça.
A assembleia de domingo será às 9h, em frente ao Sindicato, na rua Galvão Bueno, 782, Liberdade.
Reivindicações: reposição salarial com aumento real, valorização do piso, redução da jornada de trabalho, PLR para todos, estabilidade aos acidentados e portadores de doenças profissionais, licença-maternidade de 180 dias e inclusão digital, entre outras. A pauta tem 152 cláusulas, econômicas e sociais.
Data-base: 1º de novembro. A campanha salarial é unificada e envolve cerca de 800 mil trabalhadores, representados por 54 sindicatos metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do ESP e à Força Sindical. Em São Paulo e Mogi, a base tem cerca de 270 mil trabalhadores.
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