Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Metalúrgicos de SP aprovam pauta da Campanha Salarial com itens de resistência à nova lei trabalhista

Foto: Jaélcio Santana

Foto: Paulo Segura

Cerca de 5 mil trabalhadores metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes participaram da assembleia de abertura da Campanha Salarial 2017 e aprovaram a pauta de reivindicações a ser entregue à Fiesp e demais grupos patronais.

A assembleia foi realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes nesta sexta, 15 de setembro, na rua Galvão Bueno, Liberdade.

Reivindicações: aumento real de salário, valorização dos pisos salariais e manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, entre elas, a estabilidade para os trabalhadores acidentados no trabalho e com doenças profissionais e para aqueles companheiros próximos da aposentadoria.

Cláusulas da resistência: a pauta, com mais de 160 cláusulas, inclui ainda cláusulas para negociar e garantir direitos tirados pela nova lei (reforma) trabalhista.

“A campanha será difícil, mas os metalúrgicos têm coragem, não fogem da luta e enfrentarão de cabeça erguida os desafios para reconquistar o que a lei trabalhista irá tirar. Os patrões conseguiram na reforma que o negociado prevaleça sobre o legislado. Vamos, então, negociar e restabelecer todos os direitos tirados pela nefasta lei, com todas as garantias sociais, a representação sindical e o fortalecimento do Sindicato”, afirmou o presidente do Sindicato e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Miguel Torres.

Os metalúrgicos também aprovaram uma paralisação nacional em 10 de novembro, um dia antes da entrada em vigor da nova lei (reforma) trabalhista. A proposta da greve nacional está sendo defendida pela Força Sindical e demais centrais e vai envolver os metalúrgicos de todo o País e as demais categorias.

A Campanha Salarial 2017 é unificada e reúne 53 sindicatos de metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical, representando cerca de 690 mil trabalhadores. A data-base é 1º de novembro.

Um abaixo-assinado pedindo, por meio de um projeto de iniciativa popular, a revogação da reforma trabalhista também foi apresentado à categoria.