Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos de Brusque participam de manifestação contra as reformas, em Brasília

Os metalúrgicos de Brusque (Sintimmmeb) participaram nesta quarta-feira, 24 de maio, do movimento Ocupa Brasília, organizado pelas Centrais Sindicais, em Brasília, em frente ao Congresso Nacional. De acordo com os organizadores, 100 mil pessoas participaram. A mobilização é contra as reformas trabalhista e da previdência e reivindica a renúncia do presidente Michel Temer e exige eleições diretas para presidente.

No início da manhã, cada Central organizou um ponto de concentração nos arredores da Explanada dos Ministérios. Em seguida, a pé, foi realizada uma marcha até o Congresso Nacional, onde todos se juntaram para completar o ato em frente ao Congresso. De Brusque, um ônibus com cerca de 40 dirigentes sindicais se deslocou até a capital federal para integrar o ato. 

O vice-presidente do Sintimmmeb, Eduardo de Souza, ressaltou a incapacidade do Governo, diante dos graves indícios de corrupção de agentes públicos ligados diretamente ao gabinete do Palácio do Planalto e do próprio presidente da república, Michel Temer. Em seis meses, já foram três assessores especiais do presidente envolvidos em escândalo de corrupção.

“Está claro que essas reformas obedecem a interesses puramente privados. Um Governo afundado em denúncias de corrupção, da desfaçatez de conversas ilegais, na calada da noite, no porão da residência oficial, não tem um fio de credibilidade para propor reforma alguma. Esses fatos só reforçam de uma maneira mais ampla o que já constatamos há muito tempo: o Governo esconde e distorce fatos, usa meios públicos para interesses particulares, a fim de enganar a população. Nosso dever é escancarar a insatisfação dos brasileiros e expor a verdadeira face obscura dessas reformas destrutivas”, frisou Eduardo de Souza.  

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Brusque, José Isaías Vechi, comentou a importância da unidade da classe trabalhadora e da participação em Brasília em defesa dos direitos trabalhistas, que estão ameaçados com a tramitação das reformas no Congresso. 

“Os metalúrgicos brasileiros sempre estiveram na vanguarda na luta e defesa dos diretos sociais, dos trabalhadores, da democracia, de um país mais justo e igualitário. E dessa vez não poderia ser diferente. Não permitiremos que o Governo e os políticos descompromissados com os interesses da população rasguem a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Lutaremos sem medir esforços para que as décadas de conquistas e de direitos  garantidos por lei sejam preservados”, disse Vechi.

Ação violenta da Polícia Militar

O presidente Vechi condenou o confronto entre alguns manifestantes, a ação violenta e o uso de força desproporcional da Polícia Militar, que fazia um cordão de isolamento no Congresso. A manifestação foi reprimida com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, que atingiram pessoas no espaço reservado para o ato.

“Lamentavelmente a polícia nos atacou, atingiu dezenas de pessoas que estavam protestando pacificamente no local que estava reservado a nós. Várias pessoas desmaiaram e tiveram que se atendidas pelos bombeiros. Atacaram a gente com balas de borracha, bombas e gás de pimenta. Isso é inadmissível. Mas isso não vai nos desmobilizar, nem desanimar os trabalhadores”, concluiu Vechi. Apesar da ação desmedida da Polícia Militar, a manifestação seguiu até o início da noite. 

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Thiago Andrade Imprensa