Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Institucional

História

Em 5 de agosto de 1988 os metalúrgicos de todo o País conquistaram uma importante vitória. Nesta data, em Brasília, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM foi legalmente reconhecida pelo Presidente da República José Sarney.

Vale lembrar que a entidade já tinha sido fundada em 19 de janeiro de 1985, tendo como presidente provisório Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão, na época presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

A CNTM era uma antiga reivindicação dos metalúrgicos e a proposta da sua criação foi aprovada no 11º Congresso Nacional dos Metalúrgicos, realizado de 1 a 5 de agosto de 1983 em Praia Grande/SP.

A Confederação foi, de forma oficial, inicialmente dirigida por Luiz Antonio de Medeiros, eleito em abril de 1988 em Florianópolis, por 111 sindicatos de metalúrgicos e cinco federações (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Luiz Antonio de Medeiros já havia despontado como uma influente liderança sindical na greve geral de 21 de julho de 1983, a primeira manifestação unitária e organizada dos trabalhadores depois do golpe militar, contra a política econômica, contra o arrocho salarial e a favor da reforma agrária e da redemocratização do País.

“Os metalúrgicos sempre foram uma categoria de vanguarda. Nossa categoria já havia conquistado a jornada de trabalho para 44 horas semanais, ou seja, antes de as demais categorias conseguirem a redução, de forma geral e definitiva, na Constituição de 1988. Fomos carro-chefe de várias outras ações e conquistas: aumentos reais de salários, recuperação das perdas salariais, valorização dos aposentados e das mulheres, condições mais dignas de trabalho, luta por medidas econômicas e políticas que promovessem a redistribuição de renda e organização de base nas fábricas”, lembra Medeiros.

O crescimento da liderança dos metalúrgicos, segundo Medeiros, foi crucial para o questionamento da falta de agilidade e da falsa unidade defendida pela então CNTI, que representava tanto os metalúrgicos quanto as demais categorias do setor industrial em nível nacional, sem, contudo, atender devidamente às exigências da categoria metalúrgica.

“Ao idealizarmos a CNTM, tínhamos o objetivo de estruturar uma entidade voltada unicamente para a defesa dos interesses dos metalúrgicos, com melhores condições de representar, organizar os sindicatos e federações e lutar pelas reivindicações da categoria em todo o País”, informa Medeiros, que considera ter sido um ato de coragem o presidente Sarney assinar o reconhecimento legal da Confederação. “Os metalúrgicos passaram a ser a primeira categoria a exercer com autonomia e liberdade sindical uma verdadeira unidade! Depois, outras categorias seguiram o exemplo e organizaram suas respectivas confederações”.

Medeiros considera muito correto a CNTM continuar preocupando-se com a qualificação dos dirigentes sindicais e promovendo o intercâmbio e a troca de experiências entre as entidades filiadas, para o fortalecimento e organização da categoria metalúrgica.

Ele destaca ainda a presença atuante da Confederação nas questões nacionais, em Brasília, por exemplo, junto ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Não podemos esquecer que a CNTM, em 1992, foi crucial na vitoriosa mobilização contra o arrocho dos benefícios pagos pela Previdência Social, onde conquistamos o voto favorável do STF e, conseqüentemente, os 147% de reajuste para os aposentados. É, até hoje, a maior vitória junto ao STF”, finaliza Medeiros.

Depois de Medeiros, presidiram a CNTM: Jorge Noman Neto (1989-1993), Lúcio Bellentani (1993-1997). Medeiros volta a presidência para os mandatos 1997-2001 e 2001-2005. Neste período, Luiz de Oliveira Rodrigues, o Luizinho, exerceu interinamente a presidência, diante do licenciamento de Medeiros, eleito duas vezes deputado federal.

Em 27 de outubro de 2005, Eleno Bezerra, elege-se presidente da Confederação, pela Chapa 1 “Ampliando Conquistas”, em um pleito realizado no Palácio do Trabalhador, em São Paulo. A atual diretoria da CNTM, formada na Chapa 1, é constituída por companheiros de todas as regiões do País e com excelente histórico de lutas em defesa dos metalúrgicos brasileiros. A CNTM, filiada à Força Sindical e à FITIM, representa atualmente 150 entidades sindicais e uma base superior a 1 milhão e 100 mil trabalhadores metalúrgicos.

E é sob a gestão de Eleno Bezerra que a CNTM intensificou o debate sobre as atuais tendências econômicas, a situação política nacional e internacional e as perspectivas para os metalúrgicos brasileiros, construindo novas ações sindicais para ampliar conquistas e fortalecer nossa categoria.

Neste período, a diretoria lutou pela unificação das lutas e negociações salariais dos metalúrgicos em todo o País, pelo estabelecimento de um Contrato Coletivo Nacional de Trabalho. Daí a importância da realização do 1º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, para o debate de todas as questões que fazem parte do plano de lutas para a CNTM.

O 1º Congresso, realizado nos dias 6 e 7 de junho de 2006, na cidade de Praia Grande/SP, definiu o Plano de Luta a ser desenvolvido pela gestão da CNTM, presidida por Eleno Bezerra. Os debates do Congresso trataram de questões sindicais, econômicas e políticas. Foi um marco para a unificação dos trabalhadores metalúrgicos. A CNTM procurou colocar as decisões do Congresso em prática, formando uma trincheira de lutas, de norte a sul do País, do menor ao maior sindicato, na defesa dos interesses dos trabalhadores.

Entre as principais resoluções do 1º Congresso da CNTM, destacamos as seguintes:

1) Reitera a necessidade da Reforma Sindical e das Relações de Trabalho, sem perda de direitos dos trabalhadores, e o direito à Organização no Local de Trabalho, com destaque para o Delegado Sindical.

2) Decide pela implantação da Negociação Nacional Articulada de Trabalho para todo o setor metalúrgico do País, com destaque para a unificação das datas-base da categoria.

3) Reitera a necessidade de implantação de um Programa Nacional de Qualificação e Requalificação Profissional, de forma a garantir oportunidade de trabalho e a inserção dos trabalhadores no mercado.

4) Prioriza a Formação Política e Sindical dos dirigentes em todas as Federações e Sindicatos filiados à CNTM.

5) Define uma Campanha Nacional contra a prática da Terceirização, que precariza as condições de trabalho dos metalúrgicos, reduz salários e benefícios. Neste contexto, todas as campanhas salariais vão exigir que as empresas cumpram a Convenção Coletiva de Trabalho local. Se praticada, a terceirização deve contemplar apenas áreas como, por exemplo, da segurança, da alimentação, de asseio e de conservação e limpeza, e não as ligadas diretamente à produção.

6) Aprova a luta por uma Reforma Política que garanta maior representatividade dos trabalhadores e da sociedade brasileira – nos parlamentos e governos -, e responsabilidade na condução do processo político/partidário.

Ainda no 1º Congresso da CNTM foi aprovado o encaminhamento de uma pauta aos então candidatos à Presidência da República exigindo: programas de requalificação e qualificação profissional; mudança da política econômica voltada para a produção; reforma política; política industrial com investimentos para as pequenas e médias empresas; programa de segurança pública com medidas de combate às causas da violência e não apenas aos seus efeitos. Uma pauta ainda muito atual e que deve ser acatada pelos atuais e futuros governantes e presidente da República, por um País melhor, com desenvolvimento econômico, distribuição de renda e justiça social.

• Após o falecimento do companheiro Eleno Bezerra, o então vice-presidente da CNTM, Clementino Vieira, assumiu a transição política da entidade. Clementino Vieira viajou por todas as regiões do País para debater com os dirigentes das Federações e Sindicatos dos Metalúrgicos filiados à Confederação o momento econômico, as ações emergenciais contra os efeitos da crise financeira global no País, os resultados das últimas campanhas salariais e as necessidades regionais e as reivindicações da categoria metalúrgica.
Clementino Vieira foi eleito presidente da CNTM no dia 18 de fevereiro de 2009 em processo eleitoral realizado no Palácio do Trabalhador, em São Paulo/SP, sede da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, com a participação de dirigentes sindicais dos metalúrgicos de todo o País. Tomou posse em 10 de março de 2009, juntamente com os demais dirigentes eleitos da Chapa Ampliando Conquistas, em solenidade realizada em Brasília/DF.

• No dia 13 de maio 2011, em reunião extraordinária, a diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos/CNTM, conforme determina o Estatuto Social da entidade, deu posse à companheira Mônica de Oliveira Lourenço Veloso como presidenta da Confederação. Mônica, que ocupava o cargo de vice-presidenta da CNTM, exerce também a secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e é secretária de Relações Internacionais da Força Sindical.

Miguel Torres é eleito presidente da CNTM

No dia 1 de dezembro de 2011, em assembleia eleitoral realizada na sede da Força Sindical, em São Paulo, foi eleita por unanimidade a diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos/CNTM para o mandato 2011/2015.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, foi eleito presidente da Confederação.

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Miguel Torres foi reeleito presidente da CNTM

No dia 30 de novembro de 2015, em assembleia eleitoral realizada em Brasília, foi eleita por unanimidade a diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos/CNTM para o mandato 2015/2019.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, foi reeleito presidente da Confederação.

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