Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

CNTM

Governo Dilma mostra sua cara contra os trabalhadores

“A proposta do Ministério da Fazenda de mudar as regras do seguro-desemprego, restringindo o acesso dos desempregados ao benefício, mostra novamente a intenção do governo de tentar melhorar a sua arrecadação às custas dos trabalhadores.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos repudiam essa postura.

Além de o País não ter uma política eficiente de qualificação profissional e de não haver empenho para melhorar o nível de educação, o governo ressuscita um projeto que penaliza os trabalhadores no momento em que ele mais necessita de recursos.

A sociedade está nas ruas cobrando investimentos nas áreas sociais e aplicação transparente dos recursos públicos, mas o governo está surdo às suas reivindicações. Não dialoga com o movimento sindical, está fechado para nossas questões, mas vem concedendo benefícios aos empresários, desonerando a folha de pagamento, reduzindo PIS e Cofins, sem exigir contrapartidas. Tais medidas diminuíram a arrecadação geral, e também do FAT, que paga o seguro-desemprego. Por isto, o governo propõe mexer nos direitos dos trabalhadores para melhorar as suas contas. Isso não tem lógica!

É certo que o número de carteiras assinadas aumentou, mas a rotatividade não diminuiu e o governo nada faz para acabar com ela, favorecendo os empresários. Prova disto é a falta de apoio ao projeto que regulamenta a rotatividade e que está no Congresso Nacional desde 1988.

O governo precisa chamar o movimento sindical e a classe trabalhadora para discutir todas as questões que temos divulgado em nossas ações públicas e parar de nos ignorar. Nós reafirmamos a Pauta Trabalhista, acrescentando este direito à Pauta, e vamos denunciar para todo o País o golpe que o governo está pretendendo dar contra o seguro-desemprego”.

Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical