Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Indústria

Força Sindical prepara atos para alertar sobre déficit na indústria

“O déficit da indústria corrobora o que já era visível ao longo de 2013 no chão de fábrica: a indústria brasileira está cambaleando. O déficit da balança comercial brasileira de produtos industrializados em 2013 é o pior resultado de um cenário que se deteriorava desde 2007.

Diante deste triste quadro, resultado da incompetência do governo, a Força Sindical irá fazer atos e manifestações no País visando sensibilizar e alertar a sociedade sobre este nefasto problema para o Brasil. Vale ressaltar que há anos somos críticos dessa postura governamental, resultado da falta de planejamento estratégico, de investimento e incentivos que melhorem a competitividade e o nosso parque industrial. Podemos afirmar que o resultado será a redução do poder aquisitivo dos trabalhadores da indústria e o aumento do desemprego nas cadeias produtivas industruais.

É impactante revelar que segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto as exportações registraram em 2013 US$ 93 bilhões, as importações atingiram o dobro desse valor, chegando a US$ 198,1 bilhões. A diferença entre exportações e importações gerou o maior rombo da história, U$105 bilhões.

Detalhe: em 2013, nem mesmo a desvalorização do Real em cerca de 15% em relação ao Dólar melhorou o cenário. Além disso, a pauta da balança do setor demonstra uma forte deterioração, os produtos manufaturados ganham espaço nas importações em detrimento das exportações brasileiras, a exportação de produtos de alta intensidade tecnológica é declinante.

Ainda que existam problemas externos e gargalos internos (infraestrutura e inovação), acreditamos que o principal problema reside no fato de o governo não priorizar a indústria por meio de uma política industrial sistêmica forte e consistente. Os resultados alarmantes de 2013 demonstraram a alta volatilidade da indústria e, o que é pior, descortinaram um cenário para 2014 excessivamente pessimista”.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM