Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Força Sindical

Força RJ pede adiamento das eleições sindicais dos Comerciários do Rio na Justiça

A partir da divulgação de uma gravação de voz onde o interventor José Carlos Nunes é flagrado admitindo favorecimento à Chapa 1 nas eleições sindicais marcadas para hoje (17) no Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro, a Força Sindical RJ entrou com ação ontem (16) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), pedindo a confirmação da inscrição da Chapa 4 – Força dos Comerciários no processo eleitoral.

Diante do curto espaço de tempo para inscrição da chapa apoiada pela Força Sindical e iguais condições de disputa entre todos os trabalhadores envolvidos, já que é necessária a divulgação de todas as chapas concorrentes, a Força RJ requeriu, também, o adiamento do processo eleitoral, previsto para ocorrer nesta quarta.

Parte da gravação de áudio foi apresentada na 2ª edição de ontem (16) do RJ TV da Rede Globo, em denúncia das centrais sindicais. A emissora já havia apresentado no domingo (14) denúncia no programa Fantástico, sobre malversação de recursos dos trabalhadores, enriquecimento ilícito e desmandos da antiga diretoria do Sindicato, entre outras irregularidades.

Mas na edição do telejornal de ontem (16), ficou claro que a eleição organizada pelo interventor José Carlos Nunes é um jogo de cartas marcadas, como já denunciara o presidente da Força RJ, Francisco Dal Prá, em seu artigo “Em defesa da democracia”, publicado em 15 de junho.

No artigo, Dal Prá alerta a Justiça do Trabalho: “O interventor não cumpre o Estatuto, nega acesso aos trabalhadores, sonega informações sobre o processo eleitoral, como local das votações e lista de votantes. Como um Sindicato que representa uma categoria de mais de 50 mil trabalhadores pode ter apenas mil e poucos associados? Não há sindicalização? Não há uma relação de associados? Como assim? A dificuldade é imensa. A quem interessa um Sindicato esvaziado? A Justiça do Trabalho não pode e não deve ser conivente com isso”.

E ressalta: “Muito me preocupa ver um dirigente sindical, seja interventor ou não, adotar como sistema de gestão práticas antidemocráticas. (…) O Sindicato dos Comerciários do Rio, como qualquer Sindicato de Trabalhadores, deve ser desses trabalhadores, de fato e por direito. Não pode servir a um senhor. O voto é para todos porque só a união dessa categoria, votando e sendo votada livremente, pode resgatar essa entidade do breu onde ela mergulhou (ou foi mergulhada) todos esses anos. Breu da corrupção, do abandono de uma classe, da malversação de verbas e até de propósitos”.

E Dal Prá foi mais longe ontem (16), após tomar conhecimento da divulgação da gravação pela TV aberta brasileira: “Diante dos fortes indícios que estão sendo divulgados pela imprensa de que há irregularidades no processo eleitoral, inclusive com o alvo das denúncias admitindo que a voz é dele, não resta outra alternativa ao TRT do que reunir seu pleno e tomar a decisão correta. O Tribunal não pode deixar essa decisão nas mãos de um único juiz”.

Para Francisco Dal Prá, a Justiça do Trabalho precisa garantir aos comerciários, depois de 50 anos de administração de dirigentes que não honraram o mandato sindical, a oportunidade de reconstrução de sua entidade representativa sob bases limpas e éticas. “Nós, da Força Sindical, temos esperança de que o mandato de segurança seja acatado e que sejam expedidas as liminares que assegurem a democracia. Afinal, os comerciários têm o direito de ter seu Sindicato de volta, lutando para garantir seus direitos”, concluiu.

E Mais:

Denúncia da Revista Veja, aqui: http://goo.gl/uQdthg

Assista a íntegra da reportagem do RJ TV 2ª Edição/Rede Globo, aqui: http://goo.gl/qvMuFV

Leia a íntegra do artigo de Francisco Dal Prá aqui: http://goo.gl/EAqiHZ


Por Rose Maria
Assessoria de Imprensa

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação

Força Sindical do Estado do RJ